Andorinhas viajam entre a Europa e a África.
Pássaros do gênero oenanthe voam da África ao Alasca e retornam. Andorinhas-do-mar
do Ártico vão de um canto do planeta ao outro todos os anos. E eles são capazes
de fazê-lo, pelo menos em parte, porque contam com um sentido magnético ao quais
os humanos não têm acesso.
O truque de navegação aviário mais familiar é
aquele usado por pombos-correio. Como consequência, os pombos costumam estar na
ponta de investigações a respeito de como a navegação aviária em geral, e o
sentido magnético em particular, realmente funciona.
Eles enxergam, escutam, sentem o cheiro? Há duas teorias.
Uma é que os sensores magnéticos são grãos de magnetita, uma forma de óxido de
ferro que, como o nome sugere, é facilmente magnetizável. A outra é que o campo
magnético da Terra afeta uma reação química em particular na retina de um modo
que alcança as complexas profundezas.
É possível, é claro, que ambas as hipóteses estejam corretas, o que faria com que os pássaros tivessem dois sentidos magnéticos, sendo que um talvez se concentrasse na detecção do norte e outro na medição da altitude. Mas há algo particularmente poético com a ideia de que mesmo parte desse misterioso sexto sentido depende de um efeito quântico ainda mais misterioso – um que Einstein em si descreveu como uma “assustadora ação à distância”.
É possível, é claro, que ambas as hipóteses estejam corretas, o que faria com que os pássaros tivessem dois sentidos magnéticos, sendo que um talvez se concentrasse na detecção do norte e outro na medição da altitude. Mas há algo particularmente poético com a ideia de que mesmo parte desse misterioso sexto sentido depende de um efeito quântico ainda mais misterioso – um que Einstein em si descreveu como uma “assustadora ação à distância”.
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