Timidamente, o assunto foi ventilado na Imprensa nacional: a
Agência Brasileira de Inteligência (Abin) estaria monitorando as informações de
usuários no Facebook, Twitter, Instagram e Whatsapp. O objetivo seria coletar
dados sobre as manifestações que ocorrem pelo País, sob as mais diferentes
reivindicações, por meio do Mosaico, um programa que monitora cerca de 700
termos de interesse do governo brasileiro.
A informação, divulgada pelo jornal “O Estado de S.Paulo” no
final do mês passado, dá novo fôlego ao debate sobre a privacidade na web.
Porém, enquanto que nas redes sociais o conteúdo é aberto para quem quiser ler
- desde que suas informações não sejam limitadas aos seus contatos, no Whatsapp
o conteúdo é privado, via mensagem de celular para celular. E aí vem a dúvida:
teria a Abin um acordo com as operadoras de telefonia para ter acesso às
conversas? Se sim, partimos para uma questão bem além da privacidade on-line: a
quebra de sigilo telefônico que, no País, só é permitida com ordem judicial.
Enquanto que nos EUA a espionagem foi autorizada pelo Congresso, segundo o
governo, aqui estaria tudo sendo feito à revelia da lei. Será?
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