Uma multidão de insatisfeitos promete
tomar as ruas do Recife nesta quinta-feira. Homens e mulheres que lutam para
serem a voz de uma mudança que, segundo eles, de forma patriota, o Brasil
precisa. Mais de 100 mil pessoas confirmaram presença no ato através da página
de evento “À Luta, Recife”, do Facebook. O manifesto é o assunto do momento, e
como não podia ser diferente, gera ansiedade da sociedade e entre as milhares
de pessoas que prometem acompanhar o ato. Mas a expectativa também é
compartilhada por quem trabalha no Centro do Recife. Nesta quarta-feira,
fachadas de alguns estabelecimentos já estavam com tapumes. E alguns jovens
andavam com máscaras comumente usadas em manifestos. E a volta para casa deve
ficar complicada e muitas empresas poderão fechar as portas, liberando os
funcionários um pouco mais cedo.
E apesar da euforia de alguns, outras
pessoas ainda estão cautelosas sobre o que pode acontecer. “Primeiro, vou ficar
de olho, e vai depender o alvoroço. Se for para ter violência vou embora na
hora”, falou, ontem, a tapioqueira Cristiane Patriota, 38 anos, sobre a sua
presença na manifestação. Assim como Cristiane, as pessoas que não pretendem
levantar a bandeira de luta se mostramapreensivas, à procura de uma rota de
fuga para conseguir se locomover ou simplesmente voltar para casa.
A Companhia de Trânsito e Transporte
Urbano (CTTU) orienta a população que evite a circulação nas seguintes vias:
avenidas Agamenon Magalhães e Conde da Boa Vista, ruas do Hospício, Sete de
Setembro, da União e outras daquela área do Centro do Recife. Outro local
alertado pelo órgão é a praça do Derby, onde haverá a concentração dos
manifestantes a partir das 16h.
A CTTU preparou um esquema especial
de monitoramento do trânsito, no entanto, não o divulgou por medida de
segurança. Os agentes de trânsito estarão espalhados nos pontos onde devem
ocorrer as manifestações e, à medida em que o ato estiver ocorrendo, poderá
haver deslocamento do efetivo para os pontos mais críticos. O objetivo é
monitorar o tráfego e garantir as condições mínimas de mobilidade.
Grupo preparou faixas e cartazes para
manifestação
Um grupo de amigos de Olinda não tem
receio de enfrentar possíveis problemas nas ruas e vão aderir ao protesto. Eles
já prepararam faixas e cartazes para a manifestação. “Queremos mostrar que
também estamos insatisfeitos. Queremos mudar alguma coisa”, disse a estudante
Renata Alves, 27, uma das integrantes.
Fonte-folha
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