Nem sempre o
resultado de um trabalho denso e complicado de física precisa abrir mão da
beleza nos resultados.
Acaba de ser
comprovada experimentalmente a existência de um efeito conhecido como Borboleta
de Hofstadter.
O fenômeno, um
complexo padrão nos estados de energia dos elétrons, apresenta-se na forma de
uma borboleta. Ele já aparecia em vários livros didáticos de física como um
conceito teórico da mecânica quântica previsto pelo matemático Douglas
Hofstadter, em 1976. Entretanto, ele nunca tinha sido observado diretamente até
agora.
A confirmação
de sua existência, feita com a ajuda do grafeno, pode abrir a porta para a
descoberta de propriedades elétricas completamente desconhecidas nos materiais.
"Estamos
agora à beira de uma fronteira completamente nova em termos de explorar as
propriedades de um sistema, algo que não era possível antes," disse o
professor Cory Dean, membro de uma das equipes que comprovaram a existência das
borboletas de Hofstadter. "A capacidade de gerar esse efeito poderia ser
explorada para criar novos dispositivos eletrônicos e optoeletrônicos."
Nada menos do
que três grupos internacionais de pesquisadores publicaram simultaneamente
resultados similares sobre as borboletas nanotecnológicas.
Flores de cristais
Manipulando
gradientes químicos em um frasco de laboratório, Wim Noorduin e seus colegas da
Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, criaram cristais em formato de
flor.
As esculturas
minúsculas, curvilíneas e delicadas, não lembram em nada as formas cúbicas ou
irregulares normalmente associadas com os cristais - mas é justamente isso o
que elas são, flores de cristais.
"Por pelo
menos 200 anos, as pessoas têm-se intrigado acerca de como formas complexas
poderiam ter evoluído na natureza. Este trabalho ajuda a demonstrar o que é
possível fazer apenas com alterações químicas ambientais," disse Noorduin.
Na verdade,
ele apenas ajustou os parâmetros dos fluidos no interior dos frascos, e os
cristais cresceram de forma autônoma, um autêntico design inteligente deixando
que as forças da natureza atuassem.
"Nossa
abordagem é estudar sistemas biológicos, pensar o que eles podem fazer e o que
não podem, e, em seguida, usar essas abordagens para aperfeiçoar tecnologias
existentes ou criar novas tecnologias," disse a professora Joanna
Aizenberg, orientadora do estudo, ela própria autora de outros trabalhos unindo
beleza e nanotecnologia.
Fonte - it
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