A migração de profissionais altamente
qualificados ficou conhecida como "fuga de cérebros" - já que, em
geral, eles deixavam países em desenvolvimento para aumentar o valor da força
de trabalho das nações mais ricas.
Mas atualmente, para os governos dos
países em desenvolvimento, a perda de cérebros é um fator cada vez maior de
preocupação, na medida em que o crescimento econômico exige maiores
contingentes de profissionais com todos os níveis de qualificação.
"Se o tipo de habilidades
requeridas pelo novo momento econômico destes países muda, é mais difícil
depender do treinamento doméstico. Leva tempo - muitas vezes anos - para
treinar pessoas que trabalhem em profissões de alta qualificação", diz o
correspondente de economia do Serviço Mundial da BBC, Andrew Walker.
Por conta disso, os Brics e outros
países do Leste Europeu e da Ásia começam a adotar políticas de atração de
profissionais estrangeiros em paralelo a programas que buscam trazer de volta
os talentos perdidos.
No Brasil, a demanda por engenheiros
qualificados em todos os setores - especialmente ligados à exploração de
petróleo, após a descoberta do pré-sal - também levanta questões sobre a
dificuldade de conseguir vistos de trabalho no país.
Em entrevista à BBC Brasil, o
presidente do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), Luis Alberto
Moreno, disse que os países latino-americanos carecem de mão de obra
qualificada e devem estimular a imigração de estrangeiros para alavancar o
crescimento econômico.
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