sexta-feira, 12 de abril de 2013

A "fuga de cérebros"


A migração de profissionais altamente qualificados ficou conhecida como "fuga de cérebros" - já que, em geral, eles deixavam países em desenvolvimento para aumentar o valor da força de trabalho das nações mais ricas.
Mas atualmente, para os governos dos países em desenvolvimento, a perda de cérebros é um fator cada vez maior de preocupação, na medida em que o crescimento econômico exige maiores contingentes de profissionais com todos os níveis de qualificação.
"Se o tipo de habilidades requeridas pelo novo momento econômico destes países muda, é mais difícil depender do treinamento doméstico. Leva tempo - muitas vezes anos - para treinar pessoas que trabalhem em profissões de alta qualificação", diz o correspondente de economia do Serviço Mundial da BBC, Andrew Walker.
Por conta disso, os Brics e outros países do Leste Europeu e da Ásia começam a adotar políticas de atração de profissionais estrangeiros em paralelo a programas que buscam trazer de volta os talentos perdidos.
No Brasil, a demanda por engenheiros qualificados em todos os setores - especialmente ligados à exploração de petróleo, após a descoberta do pré-sal - também levanta questões sobre a dificuldade de conseguir vistos de trabalho no país.
Em entrevista à BBC Brasil, o presidente do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), Luis Alberto Moreno, disse que os países latino-americanos carecem de mão de obra qualificada e devem estimular a imigração de estrangeiros para alavancar o crescimento econômico.

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