Exames realizados sob sigilo entre fevereiro e setembro do ano
passado revelaram novas histórias sobre a família imperial brasileira.
Isso foi possível por meio da exumação dos restos mortais de Dom
Pedro I, o primeiro imperador brasileiro, e de suas duas mulheres, as
imperatrizes Dona Leopoldina e Dona Amélia.
Essa foi a primeira vez que o corpo do imperador passou por
análise. Os corpos de Dom Pedro I e de suas mulheres estavam no Parque da
Independência, em São Paulo, desde 1972.
O estudo foi realizado pela historiadora e arqueóloga Valdirene
do Carmo Ambiel, que contou com o apoio da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo (USP).
A
análise revelou, por exemplo, que Dom Pedro I tinha quatro costelas fraturadas
do lado esquerdo do corpo, praticamente inutilizando um de seus pulmões, o que
pode ter agravado a tuberculose que o matou aos 36 anos de idade, em 1834.
Outra revelação é que não havia uma comenda ou insígnia
brasileira entre as medalhas encontradas no esqueleto de Dom Pedro I, que
estava dentro de três urnas. A única referência ao período em que ele governou
o Brasil é a frase “Primeiro Imperador do Brasil” escrita ao lado de “Rei de
Portugal e Algarves” gravada na tampa de chumbo de um de seus caixões.
Descobriu-se também que a segunda mulher de Dom Pedro I, Dona
Amélia de Leuchtenberg, está mumificada. Os restos mortais do imperador e de
suas mulheres foram submetidos a tomografias e ressonância magnética.
“Unimos as ciências humanas, exatas e biomédicas com o objetivo
de enriquecer a História do Brasil”, disse a historiadora e arqueóloga
Valdirene do Carmo Ambiel.
Fonte-opinião
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