Os tratamentos contra a leucemia em crianças apresentam são compostos por
tóxicos que não diferenciam as células, pelo que investigadores da Universidade
de Delaware apostam na nanotecnologia para ministrar doses mais reduzidas. Em
resultado, o tempo de sobrevivência aumentou.
A
redução da dose, para um terço, e a aplicação do tratamento por nanotecnologia
pode aumentar o tempo de sobrevivência para as crianças com cancro. Um estudo
realizado nos EUA, com modelos pré-clínicos de ratos com leucemia linfoblástica
aguda (tipo de tumor que afeta o sangue), demonstrou que a principal vantagem
desta técnica é a diminuição dos efeitos colaterais, pois os tratamentos
convencionais são compostos por tóxicos que não conseguem diferenciar as
células normais das cancerígenas.
Segundo o estudo, divulgado pelo Portal de Informação
Português de Oncologia Pediátrica, os investigadores do Departamento de Ciência
e Engenharia dos Materiais da Universidade de Delaware e do Centro para
Pesquisa do Cancro Infantil Nemours encapsularam um terço da dexametasona, um
medicamento comum no tratamento da leucemia infantil, nos modelos pré-clínicos
de ratos com leucemia linfoblástica aguda.
Os resultados, cujo resumo foi publicado na revista
Molecular Pharmaceutics, demonstraram que o recurso à nanotecnologia permite
dosear as partículas dos fármacos encapsulados no núcleo da célula, ao
contrário do que acontece nos tratamentos convencionais de quimioterapia, com
menor grau de precisão. Os principais medicamentos utilizados na quimioterapia
contra a leucemia em crianças acrescentou o coordenador da investigação, são
tóxicos e não conseguem diferenciar as células cancerígenas das saudáveis.
Os cientistas estão agora desenvolvendo esta técnica em
crianças com cancro. Além dos bons resultados terapêuticos e sem efeitos
colaterais significativos, o ensaio demonstrou que as crianças que receberam os
medicamentos entregues através deste processo sobreviveram mais tempo do que
aqueles que receberam o fármaco administrado de forma convencional.
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