Cientistas
da Universidade de Illinois, Estados Unidos, apresentaram esta semana
dispositivos eletrônicos ultrafinos, que se dissolvem dentro do corpo humano. O
material é biodegradável e pode desaparecer fisicamente após cumprir seu
trabalho. Eles têm cobertura de seda, silício e óxido de magnésio.
A pesquisa que mostra sua composição e função estão disponíveis
na edição da revista “Science” desta semana.
“Nós nos referimos a esse tipo
de tecnologia como eletrônicos transitórios”, explica John Rogers, professor de
engenharia da Universidade de Illinois e líder do grupo multidisciplinar de
pesquisa.
“Desde o início da indústria de eletrônicos, uma meta perseguida
por quem trabalha com a concepção de produtos é construir dispositivos que
durem para sempre, com uma performance completamente estável. Mas, se você
pensar na possibilidade oposta, em plataformas pensadas para desaparecer
fisicamente e de uma maneira programada, então existem muitas outras
oportunidades para você”, encerrou.
O silício é a base da maioria dos chips e ele se dissolve na
água, mas com o tamanho dos componentes na eletrônica convencional, o processo
leva séculos. A opção dos pesquisadores foi usar folhas extremamente finas de
silício, chamadas nanomembranas, capazes de se dissolver em dias ou semanas.
Como a velocidade do derretimento é controlada pela seda, os pesquisadores
alteram o modo como este material é dissolvido.
Em breve o dispositivo será produzido em larga escala e pode ser
usado no monitoramento ambiental, retendo materiais biodegradáveis. Mas a
principal função prevista é em implantes médicos. Ou seja, colocado sob a pela
de uma pessoa para coletar informações sobre seu estado de saúde.
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