A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) lançou nesta sexta-feira a licitação das faixas de frequência de 2,5 gigahertz (GHz), destinadas à telefonia de quarta geração (4G). A tecnologia promete uma velocidade de tráfego de dados 10 vezes maior que a tecnologia 3G atual. Isso significa que, dos atuais 1 Mbps de velocidade média disponível hoje na internet móvel 3G, os usuários devem se conectar com velocidades de 9 Mpbs a 12 Mbps com a quarta geração, segundo o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.
A frequência do 4G é mais alta que a do 3G usada hoje. A diferença entre baixas e altas frequências de telefonia é similar às características das rádios AM e FM: quanto menor a frequência, menor a qualidade do sinal e maior a área de abrangência; quanto maior a frequência, maior a qualidade e menor a área de abrangência.
Assim, as altas frequências - como a do 4G - são ideais para a transmissão de grande quantidade de dados em áreas menores (e de maior concentração populacional, como as grandes cidades), o que requer maior quantidade de antenas, investimento que é compensado pela maior demanda de serviços. Já as frequências mais baixas são mais adequadas para áreas rurais e regiões remotas, onde a concentração populacional (ou a demanda pelos serviços) é menor.
Juntamente com o leilão do 4G, o governo também licitará as faixas de 450 megahertz (MHz) para ampliar a cobertura dos serviços de telefonia e, em alguns casos, levar a internet às áreas rurais.
Ao contrário do leilão do 4G, que busca o maior preço possível, o leilão do 450 MHz buscará o menor preço para oferecer ao consumidor. O edital prevê que a cesta de serviços para esse leilão deverá ter preço máximo de R$ 63, sem impostos. Ela leva em consideração uma franquia de 100 minutos para usuários pós-pagos, sendo aproximadamente R$ 30 para serviços de voz e R$ 32 para dados.
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