Neste domingo entra em vigor no Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, o Horário de Verão, no qual os relógios deverão ser adiantados em uma hora, até o dia 26 de fevereiro de 2012. Com a medida, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) estima uma economia de R$ 175 milhões (considerando o custo do investimento evitado com expansão da capacidade instalada para atender a uma demanda mais elevada, essa estimativa alcança R$ 3,6 bilhões), e esses números ainda não incluem a participação da Bahia, que voltará a adotar o Horário de Verão depois de oito anos.
Para os fãs de praia, o Horário de Verão é uma bênção, e no litoral do país, a população ansiosa pela expectativa de permanecer nas areias escaldantes por mais uma hora recebe a medida com sorrisos. Muitos creem que a saída do trabalho sob a luz do sol melhora o humor e aumenta a produtividade. No entanto, o horário também tem seus detratores.
De acordo com o endocrinologista Daniel Benchimol, o adiantamento em uma hora cria desajustes em várias ações hormonais e metabólicas do corpo. Esses desajustes se repetem quatro meses mais tarde no fim do horário de verão. “É importante que as pessoas repousem mais e façam mudanças graduais antecipadas para o novo sistema”, diz ele. Além disso, sair do trabalho com um céu ensolarado pode ser revigorante, mas, pra muitos, chegar ao trabalho na escuridão das ruas pode ser não apenas desestimulante, mas também perigoso.
Uma dúvida, no entanto, permanece: onde vão parar esses R$ 3,6 bilhões de economia? Provavelmente no setor energético, já que os anúncios de construções de novas usinas hidrelétricas se multiplicam pelo país. Ou talvez não, já que no Brasil, o destino final do dinheiro é sempre uma incógnita.
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