Uma equipa de investigadores da Universidade do Minho (UM) desenvolveu uma embalagem "inteligente", que pode ser comida e, ao mesmo tempo, é capaz de aumentar o ciclo de vida natural dos alimentos. A descoberta é fruto de um projeto de cooperação internacional com vista, de acordo com a UM, a "desenvolver embalagens alimentares com melhores propriedades antimicrobianas".
Denominadas de Nanopacksafer, as embalagens foram criadas através da aplicação de nanotecnologia, que permite moldar as moléculas dos materiais, fazendo-os adquirir novas características. Assim, as embalagens serão constituídas por uma camada finíssima à volta dos alimentos, capazes de monitorizar as suas propriedades, o que aumenta a qualidade a segurança da comida.
Segundo José Teixeira, especialista em tecnologia alimentar e responsável por esta investigação, o trabalho feita pela equipa que lidera permitirá o "controlo da atmosfera interna do invólucro, a libertação controlada de moléculas com atividade antimicrobiana, antioxidante ou de captura de oxigênio, bem como o uso de nano-hidrogeis poliméricos que libertam determinados ingredientes em resposta às condições ambientais".
Apesar de a tecnologia estar a suscitar o interesse de várias empresas, havendo mesmo a expectativa de a invenção chegar ao mercado em breve, José Teixeira admite que "os custos materiais e humanos associados continuam muito elevados". O investigador realça igualmente que a procura por alimentos cada vez menos processados e mais naturais está a aumentar, pelo que, o percurso para a implementação das embalagens "inteligentes" ainda é longo.
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