Os “concurseiros” podem ficar tranquilos e seguir o ritmo normal de estudos, já que a suspensão anunciada não deve atingir todos os processos seletivos nacionais este ano. Segundo a Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos (Anpac), apenas 20% dos concursos federais do executivo estão suspensos e devem ser retomados a partir de 2012.
De acordo com o presidente da Anpac, Ernani Pimentel, no começo de cada gestão, o Governo precisa organizar o fluxo de caixa para conter a alta da inflação. No entanto, a necessidade de novos funcionários públicos no serviço federal deve demandar 1,2 milhões de novas vagas nos próximos dois anos.
“São apenas os concursos da administração direta que serão suspensos. Autarquias e estatais estão fora disso”, destacou Pimentel. Segundo ele, Petrobras, bancos públicos, INSS e Correios, por exemplo, estão fora do corte de R$ 3,5 bilhões anunciado na última segunda-feira. Os recursos serão retidos com a suspensão de novos concursos públicos e contratações de novos funcionários.
Pimentel destacou que anualmente são criadas em média 200 mil vagas de concursos na administração direta federais. Em 2009, foram 190 mil vagas preenchidas e, em 2010, 220 mil vagas. Além disso, em média 700 mil pessoas deverão se aposentar nos próximos dois anos e 160 mil terceirizados deve ser substituído por efetivos. “São mais de 1,2 milhões de vagas em dois anos. Dilma vai ter que contratar muito mais que o Lula em todos os dois governos”.
O Ministério do Planejamento não confirmou quais concursos serão suspensos este ano. Segundo a assessoria de imprensa do órgão, “as decisões serão tomadas oportunamente, com base em avaliações caso a caso, atendendo a critérios excepcionais”.
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