A ação da gravidade zero sobre o corpo humano é o que afeta mais os astronautas, especialmente os que ficam no espaço por longos períodos. Mas será que a ausência de gravidade pode fazer com que os astronautas voltem mais altos do espaço?
Eles não voltam mais altos, mas ficam mais altos enquanto estão expostos à microgravidade na órbita terrestre. A gravidade de nosso planeta vai, ao longo do dia, "achatando" o ser humano.
Se medirmos com precisão milimétrica, somos um pouco mais altos pela manhã do que à noite. Após horas e horas expostos à gravidade da Terra, nós "encolhemos". No espaço, os astronautas podem "crescer" de 4 a 6 cm durante a missão, já que não há nenhuma força que os "achata" durante o tempo de permanência na órbita da Terra.
Muitas vezes, isto causa dor lombar (nas costas), que leva os astronautas a consumir analgésicos.
No entanto, no retorno à Terra, o processo se desfaz, uma vez que a gravidade terrestre volta a atuar. Em pouco tempo, eles estão novamente com a altura de pré-voo.
- Como os astronautas se "aliviam" no espaço?
Os astronautas, nas missões espaciais, precisam (e devem) usar o banheiro, como todos nós fazemos em terra. Como não há gravidade, a urina e as fezes não "caem" dentro do vaso sanitário, como ocorre em solo terrestre. Mas, então como os astronautas fazem?
Os banheiros espaciais são adaptados para sugar a urina e as fezes dos astronautas. Quando se trata da urina, há um acoplador para as genitálias femininas e masculinas. No caso do homem, ele utiliza uma estrutura em forma de cone que é ligada a um tubo, conectado a um sugador. A urina expelida pelo astronauta é então sugada para um recipiente. Para mulher, o sistema é o mesmo, somente mudando a forma do acoplador que, neste caso, é retangular para garantir um melhor contato. A urina pode depois ser eliminada no espaço ou reciclada para se tornar água potável para uso na missão.
Quanto às fezes, o processo é parecido com o da urina. O astronauta, homem ou mulher, deve sentar no vaso colocando sobre as coxas barras de estabilização, as quais estão ligadas as laterais do vaso sanitário. No momento da evacuação, como no caso da urina, e ligada à sucção que 'puxa' as fezes para o interior do vaso. Elas depois são eliminadas no espaço.
Esses dejetos podem, em determinados estudos relativos à fisiologia humana no espaço, ser trazidos à Terra para que sejam analisados. Nestes casos, elas não são eliminadas no espaço.
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