O ministro da Defesa da China, general Liang Guanglie, convidou o Exército brasileiro a realizar exercícios militares conjuntos com o de seu país a partir de 2011, e manifestou o desejo chinês de aumentar a cooperação bilateral na área militar. O general iniciou nesta quarta-feira uma visita oficial de três dias ao Brasil.
A proposta do ministro chinês, que inclui também exercícios conjuntos para as forças aéreas dos dois países, foi divulgada em comunicado conjunto após a reunião que ele teve hoje em Brasília com o ministro da Defesa brasileiro, Nelson Jobim. "A parte chinesa manifestou interesse em realizar um treino conjunto entre os dois Exércitos na China em 2011 e entre pilotos das duas Forças Aéreas", diz o comunicado. A China está interessada também em enviar paraquedistas para treinar no Brasil, e que membros das Forças Armadas chinesas recebam cursos de português no País.
Os dois ministros manifestaram o desejo de reforçar a cooperação bilateral na formação e treinamento de militares, que até agora se limitou à troca de delegações de oficiais para alguns cursos. Os dois países também se comprometeram a intensificar a troca e a cooperação nas áreas de tecnologias de Defesa, assim como "na observação da paz internacional, controle aeronáutico e segurança da aviação".
Brasil e China também se propuseram a intensificar a troca de visitas de delegações militares de alto nível para aumentar "o conhecimento e a confiança mútua" e aprofundar as ações do Comitê Conjunto China-Brasil de Intercâmbio e Cooperação entre os Ministérios de Defesa, cuja segunda reunião está prevista para o ano que vem, no Brasil.
Jobim e Liang Guanglie consideram a cooperação militar entre os dois países como essencial para enfrentar "novos desafios globais que se delineiam no horizonte". Para ambos, a aproximação militar entre Brasil e China é especialmente importante para "salvaguardar os interesses comuns de países em desenvolvimento, e a paz e a estabilidade regional e global".
Eles também afirmaram que as relações entre as Forças Armadas de Brasil e China são um componente importante que "enriquece" a associação estratégica estipulada entre os dois países e promovem um melhor desenvolvimento das relações bilaterais.
O ministro chinês, que chegou terça-feira à noite a Brasília, com uma delegação que inclui uma dezena de altos oficiais, concluirá na próxima sexta-feira uma viagem de "boa vontade" pela América Latina.
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