Levante a mão quem já teve o PC contaminado por vírus. Agora, erga o braço quem já teve o celular dominado por um malware. Apesar de a porcentagem de telefones móveis invadidos por vírus ser inferior a de computadores, os riscos de ataques aos celulares são reais e têm tirando o sono de muita gente, que o diga os usuários de smartphones. Assim como os aplicativos de PCs, os softwares para telefones móveis também possuem brechas de segurança e os ataques podem ser irreversíveis. As medidas de proteção são basicamente as mesmas das utilizadas nos desktops e notebooks. Por isso, cuide do seu aparelho, pois as pragas estão à solta também nos celulares.
Troca do papel de parede, envio de mensagens de texto sem o seu consentimento, exclusão da agenda telefônica, desligamento inesperado, bloqueio de aplicativos e botões desprogramados. Essas são apenas algumas das ações maliciosas dos malwares para celulares. Geralmente disfarçados em games, adicionais de segurança e conteúdos pornográficos, eles se aproveitam de brechas no sistema para infectar o aparelho. Enquanto no computador os vírus se propagam mais por meio de e-mails contaminados e downloads na internet, nos telefones móveis as iscas mais comuns são os anexos de MMS, transferência de dados da internet ou do PC para o celular e através da tecnologia Bluetooth.
No Brasil, segundo dados da Anatel, já são mais de 185 milhões de aparelhos ativos, dos 5 bilhões no mundo, ótimo cenário para os piratas virtuais liberarem e testarem suas criações. Desde de 2004, quando foi noticiado o aparecimento do Cabir, considerado o primeiro vírus para telefones móveis, uma série de outras pragas vem tirando o sono dos usuários de celulares. O último caso aconteceu há pouco mais de duas semanas, quando a empresa de segurança NetQin informou que mais de 100 mil smartphones com o sistema operacional Symbian Serie 60 (S60) estariam contaminados. Camuflado em um game, de acordo com a empresa, o malware está programado para enviar mensagens SMS a partir do aparelho infectado. Por meio de um post em seu blog, a NetQin disse que o vírus poderá deletar as mensagens enviadas e o registro de SMS do celular.
Para André Carrareto, diretor de engenharia de sistema da empresa de segurança Symantec, esse tipo de vírus tem como objetivo único a obtenção de informações que proporcionem retorno financeiro. “As pragas vasculham o aparelho em busca de dados bancários. Por meio da monitoração do malware, o criminoso obtém a cópia de agendas, das mensagens do equipamento e até a gravação de conversas telefônicas”, explica. Para dificultar a entrada de estranhos no aparelho, o executivo alerta para a necessidade do uso de um antivírus. “A regra dos PCs vale também para os celulares e smartphones. É importante ter soluções contra malwares instaladas no equipamento”, avisa Carrareto.
O diretor de marketing da Winco - representante exclusiva da AVG no Brasil -, Mariano Sumrell, diz que o aumento do número de linhas habilitadas e a quantidade aplicações disponíveis influenciam na atitude dos criminosos. “Quanto mais usuários utilizarem a plataforma, maior será o volume de dinheiro circulando e, consequentemente, o interesse dos hackers”, afirma.
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