O avanço tecnológico (acesso instantâneo a dados por meios eletrônicos diversos) favorece a preguiça mental na sociedade, diz o autor de "Mentes Brilhantes - Como Desenvolver Todo o Potencial do Seu Cérebro".
Alberto Dell'Isola, 29, é programador de computador e dono de títulos de disputas internacionais de memorização. O brasileiro domina as técnicas com cartas de baralho.
Ele diz que "o cérebro não gosta de pensar", daí a necessidade de um esforço de concentração na hora de captar o mundo ao seu redor, buscando relações entre as coisas.
"Sem atenção, não existe retenção nem memória", afirma o escritor, que participa de pesquisas na área de psicologia, na Universidade Federal de Minas Gerais.
Segundo o autor, estudantes enfrentam desafios extras para aprender conteúdos, em um mundo digital repleto de estímulos e ruídos, competindo por seu tempo.
Durante os estudos, alunos se distraem com outras mídias, como TV, rádio, e sites de relacionamento, redes sociais. Alguns reclamam do baixo rendimento, mas esquecem de melhorar o ambiente de aprendizagem, de desenvolver métodos de aperfeiçoamento.
"Não dá para estudar ouvindo rádio, vendo TV, atualizando o Orkut, teclando no MSN. A multitarefa é um grande problema. Nem o Windows consegue fazer muita coisa ao mesmo tempo."
Mas Dell'Isola está longe de ser uma voz hostil à era digital do conhecimento. Ele diz que, sem o computador, não teria acumulando informações, trocado experiências com atletas da mente e escrito seus livros.
Ele dá palestras sobre memorização e criatividade pelo país e se apresenta também em programas de TV, como atrações de auditório, mostrando sua habilidade de guardar dados.
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