A Universidade Federal do Rio de Janeiro oferecerá, já para o primeiro semestre do ano que vem um curso de nível superior pioneiro em nanociência e nanotecnologia no Brasil. Com duração recomendada de quatro anos, a graduação terá inicialmente 30 vagas no campus Fundão e 20 vagas no campus de Xerém.
O curso é uma iniciativa conjunta de quatro unidades da universidade: Instituto de Física, Escola Politécnica, Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho e Instituto de Macromoléculas Professora Eloísa Mano. Seu objetivo é formar profissionais com uma base sólida em Física, Matemática, Química e Biologia e com conhecimentos específicos em nanotecnologia em três opções de ênfase: física, materiais e bionanotecnologia.
A nanociência e a nanotecnologia representam o conjunto de ações de pesquisa, desenvolvimento e inovação que se baseiam nas propriedades especiais que a matéria exibe quando organizada a partir de estruturas com dimensões na escala nanométrica (1 nanômetro = 1 bilionésimo do metro ou
De acordo com a universidade, os impactos da ciência serão sentidos em praticamente todos os setores da sociedade, incluindo a informática, as telecomunicações, o transporte, as atividades agropecuárias, a produção de novos fármacos, o desenvolvimento de novas técnicas de diagnóstico e de tratamento de saúde, a produção e o armazenamento de energia, a preservação ambiental, bem como a produção de novos materiais para as mais diversas aplicações (construção civil, vestuário, embalagens, tintas etc).
Embora hoje seja perfeitamente possível que um físico, biofísico ou engenheiro atue em nanotecnologia, a UFRJ acredita que o bacharel formado especificamente para a área, devido à sua formação multidisciplinar, poderá atuar com mais facilidade em áreas interdisciplinares, bastante comuns em nanotecnologia, e poderá circular com mais desenvoltura entre as diferentes áreas ao longo de sua carreira.
E o mercado de trabalho para os futuros bacharéis em nanotecnologia é bastante promissor, segundo a UFRJ. Estima-se que, até 2015, os bens e serviços de base na notecnológica deverão ultrapassar um trilhão de dólares anuais. Setores como a indústria de semicondutores, metalúrgica e de materiais, química, farmacêutica, biotecnológica, de cosméticos, e muitas outras, devem solicitar cada vez mais mão-de-obra especializada.
O Brasil segue a tendência de investimento em programas de nanociência e nanotecnologia dos países de economia avançada, que desde o final da década de 90, vem colocando grandes somas de recursos na área. Quem dominar a tecnologia nos próximos anos terá uma vantagem competitiva bastante grande no cenário internacional.
No país, houve um rápido avanço na produção científica na área, que hoje é a maior da America Latina. No setor empresarial, já há algumas dezenas de empresas, nacionais e multinacionais, que vêm incorporando nanotecnologia a seus produtos. Com a formação de cientistas especializados nesta matéria, espera-se que o desenvolvimento ocorra de forma ainda mais rápida.
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