sábado, 17 de setembro de 2016

Cientistas criam vida sem óvulos fertilizados

Cientistas da Universidade de Bath, no Reino Unido, produziram filhotes de camundongos de laboratório sem utilizar um óvulo, quebrando princípios fundamentais da embriologia. O estudo foi publicado na revista Nature Communications.
Existem dois tipos de células no corpo humano: as reprodutivas meióticas (óvulos e embriões); e as mitóticas (que incluem a maioria dos tecidos e órgãos do corpo humano). No estudo, os pesquisadores injetaram espermatozoide de camundongos em um tipo de célula mitótica chamada parthenogenote.
A célula se desenvolveu como um embrião normal, com genes dos dois pais: o doador do esperma e o doador da célula. O primeiro par de camundongos produzido dessa forma cresceu normalmente e, depois, gerou sua própria prole.
O autor do estudo, Tony Perry, disse que a pesquisa pode, em princípio, abrir caminho para um cenário “especulativo e fantástico” em que o esperma é utilizado para fertilizar células adultas derivadas da pele e outros tecidos. Pode permitir, inclusive, que dois homens se tornem pais biológicos de um bebê, sem o envolvimento de uma mulher.
“Nosso trabalho desafia o dogma existente desde que os primeiros embriologistas estudaram óvulos de mamíferos e fertilização no século XIX, de que apenas um óvulo fertilizado por esperma pode resultar em um embrião mamífero”, disse Perry.

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