terça-feira, 8 de novembro de 2016

Nanopartículas contra o câncer



    Pesquisadores da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) desenvolveram uma nanotecnologia para transportar medicamentos na superfície de nanopartículas, que os liberam de forma controlada no organismo, e ainda servem como meio de aplicação de outra técnica de tratamento do câncer.
Para isso, Beatriz Carvalho e Ítalo Mazali criaram nanopartículas que apresentam simultaneamente propriedades magnéticas e luminescentes.
As nanopartículas são compostas por um núcleo magnético, constituído por nanoaglomerados de magnetita, e por uma "casca" de sílica, na qual são ligadas moléculas luminescentes. Submetidas a um campo magnético alternado, as nanopartículas que formam o núcleo se aquecem e podem ser empregadas no tratamento de tumores cancerígenos pelo método da hipertermia. Já o complexo ligado à casca funciona como uma espécie de termômetro, permitindo o controle da temperatura gerada durante o processo.
De acordo com Beatriz, um dos grandes desafios foi sintetizar as nanopartículas de magnetita que compõem o núcleo do sistema. Ela explica que o tamanho das partículas interfere diretamente nas características delas: "Se forem muito grandes, da ordem de 100 nanômetros ou mais, elas perdem uma propriedade importante denominada superparamagnetismo. Essa propriedade faz com que as partículas se aqueçam quando submetidas a um campo magnético alternado e que parem de se aquecer quando o campo é cessado. Trata-se de um aspecto importante porque permite controlar com precisão uma possível abordagem terapêutica por hipertermia", explica a pesquisadora.

Fonte-diariodasaude

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