Pesquisadores da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) desenvolveram uma nanotecnologia para transportar medicamentos na superfície de nanopartículas, que os liberam de forma controlada no organismo, e ainda servem como meio de aplicação de outra técnica de tratamento do câncer.
Para
isso, Beatriz Carvalho e Ítalo Mazali criaram nanopartículas que apresentam
simultaneamente propriedades magnéticas e luminescentes.
As
nanopartículas são compostas por um núcleo magnético, constituído por
nanoaglomerados de magnetita, e por uma "casca" de sílica, na qual
são ligadas moléculas luminescentes. Submetidas a um campo magnético alternado,
as nanopartículas que formam o núcleo se aquecem e podem ser empregadas no
tratamento de tumores cancerígenos pelo método da hipertermia. Já o complexo
ligado à casca funciona como uma espécie de termômetro, permitindo o controle
da temperatura gerada durante o processo.
De
acordo com Beatriz, um dos grandes desafios foi sintetizar as nanopartículas de
magnetita que compõem o núcleo do sistema. Ela explica que o tamanho das
partículas interfere diretamente nas características delas: "Se forem
muito grandes, da ordem de 100 nanômetros ou mais, elas perdem uma propriedade
importante denominada superparamagnetismo. Essa propriedade faz com que as
partículas se aqueçam quando submetidas a um campo magnético alternado e que
parem de se aquecer quando o campo é cessado. Trata-se de um aspecto importante
porque permite controlar com precisão uma possível abordagem terapêutica por
hipertermia", explica a pesquisadora.
Fonte-diariodasaude
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