O
ex-presidente Lula abriu as portas do Instituto Lula para uma entrevista
particular com o jornalista americano radicado no Brasil Glenn Greenwald, que
ganhou fama por ter sido o primeiro a revelar o escândalo de espionagem
envolvendo a NSA e o ex-espião dos EUA Edward Snowden. A entrevista foi
publicada em português e inglês no site de jornalismo investigativo de
Greenwald, The Intercept.
“Discutimos
sobre vários aspectos do escândalo de corrupção, da campanha pró-impeachment,
das acusações contra ele, sobre o futuro dele e do PT na política e o papel da
mídia dominante de direita no Brasil como incitadora de uma mudança no
governo”, escreve Greenwald.
O
jornalista não esconde a sua admiração pelo ex-presidente e a entrevista começa
com muita bajulação. Ele inicia o texto descrevendo Lula como “um dos maiores
estadistas da história moderna” e compara seu legado ao de Tony Blair e Bill
Clinton.
Greenwald
aposta no retorno de Lula à política, seja concorrendo à presidência em 2018 ou
até antes, em caso de impeachment ou renúncia da presidente e seu vice, Michel
Temer. “Nenhuma pessoa que tenha acompanhado a carreira política de Lula –
incluindo aqueles que querem vê-lo preso – pode descartar a possibilidade de
que ele seja presidente do Brasil mais uma vez”, escreve.
Mas
o jornalistas também faz perguntas importantes, questionando, por exemplo, como
um processo de impeachment conduzido de acordo com as normas constitucionais
poderia ser chamado de golpe e lembrando que o PT pediu o impeachment dos três
presidentes anteriores à presidência de Lula (Resposta: “A Câmara nem aceitou,
portanto morreu ali mesmo, né?”).
Mas
o trecho que salta aos olhos é a resposta monossilábica de Lula a uma pergunta
que, de fato, já disse tudo que Lula pensa e repete frequentemente. Pelo jeito,
Lula, que geralmente não poupa ou mede palavras, não tinha nada a acrescentar à
pergunta do companheiro Greenwald:
Nenhum comentário:
Postar um comentário