Ontem
domingo, 17/04, uma sessão especial do plenário da Câmara dos Deputados decidiu
abrir o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Para que a
abertura do processo fosse aprovada era preciso que 342 deputados, o que
equivale a dois terços do total (513 deputados), dissessem “sim” ao
impeachment. Depois de mais de 6h de votação, o placar final foi de 367 votos a
favor, 137 contra, sete abstenções e duas faltas.
Agora,
o pedido segue para o Senado. Para que o processo de impeachment seja
instaurado é preciso maioria simples no Senado. Só se for aprovado no Senado,
que Dilma será afastada por até 180 dias e o vice-presidente Michel Temer
assume.
Segundo
o parecer de acusação, Dilma Rousseff cometeu crime de responsabilidade ao
assinar seis decretos suplementares de recursos sem ter caixa correspondente
além de ter atraso um repasse a um banco público. No entanto, esta explicação
foi pouco citada durante a sessão, que foi marcada por cartazes, confete e pela
música “Sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor”.
Na
madrugada desta segunda-feira, 18/04, o advogado-geral da União, José Eduardo
Cardozo, afirmou que a presidente não vai renunciar ao cargo e que o governo
vai continuar lutando para que o processo seja derrotado no Senado. Ele também
disse que Dilma Rousseff deverá fazer um pronunciamento hoje segunda-feira.
Segundo ele, não há base legal para o impeachment e, por isso, o governo deve
recorrer novamente ao Supremo Tribunal Federal “no momento oportuno”.
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