O
Ministério Público de Pernambuco (MPPE) entrou um uma ação civil pública (ACP)
pedindo a anulação das reuniões do Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU) dos
dias 27 de novembro e 22 de dezembro de 2015, que aprovaram o projeto
urbanístico Novo Recife. A ação pede ainda que a Prefeitura do Recife se
abstenha de praticar “atos administrativos” na área contemplada pelo projeto,
no Cais José Estelita.
A
promotora de Justiça de Habitação e Urbanismo da Capital, Bettina Guedes, alega
no texto que não houve a participação popular exigida por lei nas reuniões do
CDU. A aprovação do projeto teve 21 votos favoráveis, duas abstenções e dois
votos contra. Integrantes do movimento Ocupe Estelita permaneceram no térreo do
edifício-sede da Prefeitura do Recife, interditando as duas vias da Avenida
Cais do Apolo em protesto à decisão.
A
ação solicita à Justiça que determine que a Prefeitura do Recife não emita
documentos como alvarás ou licenças de demolição, aprovação de projeto
arquitetônico ou licença de construção para quaisquer empreendimentos
imobiliários na área contemplada pelo projeto Novo Recife, pedindo ainda a suspensão
dos atos administrativos que eventualmente já tenham sido concedidos.
A
Prefeitura do Recife ainda não se manifestou sobre o assunto. No dia da segunda
votação, o secretário de Mobilidade e Controle Urbano, João Braga, apontou que
houve outras oportunidades para a participação social durante a votação do
projeto e que medidas tomadas foram semelhantes a todas as reuniões do
Conselho.
Decisões
judiciais
A
validade do leilão do terreno no Cais José Estelita chegou a ser suspensa no
dia 27 de novembro de 2015 pela Justiça Federal. A decisão do juiz federal
Roberto Wanderley Nogueira também proibia o poder público de avaliar qualquer
projeto na área, localizada no centro do Recife. Em outubro de 2015, a Polícia
Federal havia anunciado investigações sobre uma suposta fraude no leilão para
compra do terreno.
O
Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5) reverteu à decisão no dia 16 de
dezembro, tornando novamente válida a compra do terreno.
Aprovado
pela PCR em dezembro de 2013, o empreendimento imobiliário prevê a construção
de 12 torres, residenciais e comerciais, na área do Cais José Estelita. Desde
então, após discussões entre o poder público e a sociedade civil, o projeto
inicial passou por diversas mudanças.
Fonte-globocom
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