O
submarino que foi encontrado pela Polícia na última quarta-feira (16.12.15), em uma
ilha no município de Vigia, localizado na região nordeste do Pará, foi retirado
da cidade nesta sexta-feira (18.12.15). Segundo a Polícia Civil, o submarino
apresentou uma pane no motor e, por conta disto, deve permanecer no litoral de
Colares até ser rebocado para a capital na próxima segunda-feira (21.12.15).
De
acordo com a Polícia, a embarcação seria usada por traficantes para transportar
drogas para fora do Brasil. No total, mais de 15 pessoas podem ter participado
da construção do submarino, que estaria em uma das ilhas do rio Guajará Mirim.
Segundo
as investigações, os responsáveis pela construção se instalaram na área desde
setembro e realizavam uma vigilância ostensiva para não permitir a entrada de
pessoas. Tanques de combustível usados pelo grupo foram encontrados nas
proximidades, além de caixas de produtos eletrônicos com inscrições em
espanhol.
Segundo
o delegado João Bosco Rodrigues Junior, diretor de Polícia Especializada, o
submarino estava praticamente pronto, contando com sonar e sistema de
refrigeração interno, restando apenas a instalação de alguns equipamentos
eletrônicos.
A
estrutura tem cerca de 17 metros de comprimento, três metros de diâmetro e
cerca de quatro metros de altura, com capacidade de transportar uma carga de
até 30 toneladas e transportar, pelo menos, 30 pessoas.
Denúncia
O
submarino foi descoberta após denúncias anônimas recebidas pela Delegacia
Geral, na última segunda-feira (14), e reforçadas pelo serviço telefônico
Disque-Denúncia (fone 181), de que uma embarcação estava sendo construída em um
braço de rio dentro de uma ilha no litoral de Vigia. A embarcação seria usada
no escoamento de grandes quantidades de drogas para fora do país,
possivelmente, com destino aos Estados Unidos e à Europa.
Diante
da informação, na terça-feira (15), policiais civis da Delegacia de Repressão a
Entorpecentes (DRE), da Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) e da
Delegacia de Polícia Fluvial (DPFlu) foram deslocados à região para apurar as
denúncias, sob coordenação dos delegados Hennison Jacob, da DRE, e Arthur
Braga, da DPFlu.
Fonte-globo
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