O Salão de Tóquio, aberto nesta
quarta-feira (28) para a imprensa, aponta que um dos combustíveis do futuro
poderá ser o hidrogênio. E, apesar de não serem as únicas a terem a tecnologia,
Honda e Toyota, as duas maiores montadoras japonesas, saem na frente nesta
"corrida".
O Clarity Fuel Cell, da Honda, começa
a ser vendido no Japão em março de 2016, para empresas e governo, por cerca de
R$ 246 mil. De acordo com a fabricante, ele terá capacidade para andar até 700
quilômetros com uma carga.
O Mirai, da Toyota, já começou a ser
vendido no Japão, mas chegará a alguns países da Europa e aos Estados Unidos em
breve. O número de unidades que serão produzidas neste ano é limitado a 300.
Na última quarta (21), ele estrelou a
campanha que lembrava a data exata da chegada de Marty McFly ao futuro. Na
homenagem ao filme "De volta para o futuro", com direito à reunião de
Michael J. Fox (McFly) e Christopher Lloyd, o Mirai foi apontado como o futuro,
em alusão ao carro que, na previsão do filme, transformaria lixo em
combustível.
Tanto no Mirai quanto no Honda, o gás
hidrogênio é comprimido em tanques, como os de GNV, instalados no carro. Ele é
levado para uma caixa onde se entra em contato com o oxigênio que veio das
generosas entradas de ar do carro.
Esse encontro produz a corrente que
faz o motor elétrico funcionar e "empurrar" o carro. Ou seja: todo
veículo "movido" a hidrogênio (ou FCV, sigla de "fuel cell
vehicle") é, na essência, um elétrico.
Só que, em vez de carregar o carro na
tomada, para dar nova carga à bateria, o hidrogênio é que produz essa energia.
E o que ele solta pelo escapamento, em vez de gases nocivos como no caso do
motor a combustão, é água.
As vantagens em relação aos carros
carregados na tomada ("plug-ins"), segundo as montadoras, são que a bateria
demora muito mais para acabar porque a capacidade de compressão do hidrogênio
nos tanques é grande.
Com mais fonte de energia, o carro
consegue rodar uma distância muito maior, ou seja, tem mais autonomia --um dos
maiores entraves para veículos elétricos, que descarregam mais rápido e
requerem recargas mais frequentes. E mais pontos de recarga disponíveis.
Outro benefício é que reabastecer o
tanque de hidrogênio demora cerca de 3 minutos em estações apropriadas, enquanto
um carro elétrico pode ter de ficar horas ligado à tomada para recarregar a
bateria.
Em contrapartida, a tecnologia é mais
cara, o que acaba sendo repassado para o custo do carro, e a estrutura para que
seja possível recarregar os tanques com facilidade ainda é inexistente em boa
parte do mundo.
Fonte-autoesporte
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