segunda-feira, 27 de julho de 2015

Ciberpiratas : “A internet das coisas”

A segurança na rede mundial de computadores é complexa. Infelizmente, ficará ainda mais complexa. Os computadores já saíram da área de trabalho para os bolsos dos usuários. Agora os computadores estão se incorporando a todos os tipos de gadgets, de carros, televisões, brinquedos de crianças, geladeiras a kits industriais. Cisco, uma empresa que fabrica equipamentos de rede, calcula que existem 15 bilhões de dispositivos conectados no mundo. Em 2020 esse número poderá aumentar para 50 bilhões. Os entusiastas da conexão do mundo físico com o digital prometem que o mundo da rede de computadores e dos sensores será um espaço cibernético de uma utilidade e eficiências incomparáveis. Eles chamam essa revolução tecnológica de Internet das Coisas.
Segundo os especialistas em segurança computacional, essa revolução será um desastre. Eles temem que, na pressa de lançar os dispositivos online inteligentes no mercado, os fabricantes esqueçam as lições aprendidas no início da internet. As grandes empresas de computação das décadas de 1980 e 1990 não se preocuparam com a questão de segurança. Só quando surgiram as ameaças de vírus, ataques de hackers e outras violações de sistemas, a Microsoft e a Apple, entre outras empresas, começaram a estudar medidas para proteger a segurança na rede mundial de computadores. Mas a solução de problemas depois que acontecem é muito mais difícil do que preveni-los.
O mesmo erro está se repetindo com a ‘internet das coisas’. Já existem exemplos dos riscos de transformar objetos do dia a dia em computadores. Um hacker descobriu uma maneira de controlar remotamente uma bomba de infusão de medicamentos. Outros desativaram os sistemas de freios e de direção hidráulica de carros novos. Os ciberpiratas são muito criativos. No futuro as máquinas de lavar roupas e as geladeiras computadorizadas poderão ter seu sistema invadido, para enviar mensagens eletrônicas não solicitadas ou terem sites de pornografia infantil; ou a porta de sua casa pode impedir sua entrada até o pagamento de um resgate em bitcoin.
Fonte-opiniao


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