Se
você gosta de ler e se informar sobre tecnologia e informática em geral,
certamente já deve ter ouvido falar da famosa Lei de Moore. Mas, afinal quem foi
Moore e que lei ele criou? O que essa lei diz e por que ela é tão importante
para a informática e a computação em geral? Essas e outras perguntas serão
respondidas logo abaixo.
Gordon
Earl Moore é, simplesmente, o cofundador da Intel Corporation, uma das maiores
empresas fabricantes de processadores do mundo. Talvez o computador em que você
esteja lendo esse artigo seja equipado com um processador Intel. Gordon Moore
nasceu no dia 03 de janeiro de 1929, em San Francisco, na Califórnia.
Gordon
Moore tem formação em química e em física e, no ano de 1968 fundou, junto com
seu amigo Robert Noyce a NM Electronics, que mais tarde se chamaria Intel
Corporation, que todos nós conhecemos.
Em
1965, Gordon Moore escreveu um artigo para a revista Electronic Magazine, que
foi publicado no dia 19 de abril daquele mesmo ano. Neste artigo científico,
Moore conjecturava a respeito da evolução da tecnologia dali para frente. E foi
nestas reflexões em que, sem saber, fez uma das previsões mais certeiras sobre
a informática do último meio século.
Veja o
que ele escreveu:
"A
complexidade para componentes com custos mínimos tem aumentado em uma taxa de
aproximadamente um fator de dois por ano… Certamente, em um curto prazo,
pode-se esperar que esta taxa se mantenha, se não aumentar. A longo prazo, a
taxa de aumento é um pouco mais incerta, embora não haja razões para se
acreditar que ela não se manterá quase constante por pelo menos 10 anos. Isso
significa que, em torno de 1975, o número de componentes por circuito integrado
para um custo mínimo será 65.000 (65nM). Eu acredito que circuitos grandes como
este poderão ser construídos em um único componente (pastilha)".
Em
resumo, Moore previu, baseado em suas observações da indústria, que o número de
transistores em um processador dobraria, em média, a cada dois anos e mantendo
o mesmo (ou menor) custo e o mesmo espaço.
Em
1975 houve uma revisão dessa “lei” onde Moore redefiniu o período em que o
número de transistores dobraria de dois anos para 18 meses. E ela tem se
mostrado certeira até hoje.
Como
foi possível perceber nos parágrafos acima, inicialmente, a Lei de Moore foi
apenas uma observação feita em um periódico científico. Porém, as indústrias de
semicondutores, no caso até mesmo a Intel, perceberam que era possível alcançar
este grau de desenvolvimento nos chips de processamento.
Vale
frisar que a Lei de Moore não engloba apenas os processadores domésticos, que
usamos em nossos computadores. Ela vale para todos os tipos de processadores em
uso, desde calculadoras e câmeras digitais até supercomputadores, como o IBM
Roadrunner, que tem um poder computacional de 1,144 petaflops.
A
indústria de semicondutores, vendo que podiam alcançar a meta que Moore havia
falado em seu artigo, passou a investir mais pesado em pesquisa e
desenvolvimento, de forma que de fato eles conseguiram dobrar o número de
transistores nos processadores a cada 18 meses.
Não
temos como saber o que teria acontecido se Gordon Moore não tivesse escrito
aquele artigo na Electronic Magazine ou não tivesse feito a tal previsão. Mas,
provavelmente, a indústria de semicondutores não teria se empenhado tanto para
acompanhar a evolução predita por Gordon Moore em 1965.
Já se
foram 50 anos desde que Moore criou a sua “lei”. E mesmo meio século depois ela
continua firme e forte. É uma marca impressionante, especialmente se tratando
de evolução do hardware. Porém, ela já está chegando ao seu limite.
Os
engenheiros da Intel, AMD, Qualcomm, MediaTek e tantas outras empresas de
semicondutores em breve não conseguirão mais miniatuarizar os componentes de um
processador. A Intel, que foi cofundada por Moore, já fabrica processadores
cujos transistores já estão na ordem dos nanômetros. Os atuais chips da Intel
são fabricados usando um processo de litografia de 14 nm.
Vários
“especialistas” já previram o fim da Lei de Moore. Mas até hoje ela continua se
cumprindo. Uma hora, entretanto, será tecnicamente impossível prosseguir com
ela. Só não sabemos quando.
Fonte-tt
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