Encontrar vida fora da Terra é apenas questão de
tempo. Até 2025, teremos indicações sólidas de vida alienígena e, até 2045,
provas definitivas de sua existência. A afirmação foi feita na terça-feira pela
cientista chefe da Nasa Ellen Stofan, em um painel de debate de pesquisadores
da agência sobre a existência das chamadas zonas habitáveis, isto é, planetas,
luas e asteróides contendo água líquida fora da Terra - condição indispensável
para a vida.
"Nós sabemos onde buscar. Nós sabemos como
buscar. Na maioria das vezes, nós temos tecnologia e estamos na direção de
implantá-la. Então, eu acho que estamos no caminho [de encontrar vida
alienígena]", afirmou Ellen. Outro participante do painel, Jeffrey
Newmark, concordou: "Definitivamente, não é uma questão de se, mas de
quando".
Ao se referirem a ETs, os cientistas da agência
pensam em formas de vida primitivas, não em seres que viajam em naves
espaciais. "Não estamos falando de homenzinhos verdes, mas de pequenos
micróbios", afirmou Ellen Stofan.
Nos últimos
anos, descobertas animaram os cientistas na busca de vida fora da Terra. Em
março, pesquisadores da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos,
anunciaram que a lua Enceladus, de Saturno, tem um oceano de água quente. Em
janeiro, três novos planetas situados fora do Sistema Solar foram descobertos a
partir de dados obtidos pelo telescópio espacial Kepler, da Nasa. Um deles está
a uma distância de sua estrela que permitiria a existência de água líquida em
sua superfície.
Em novembro, a Nasa divulgou imagens detalhadas de
Europa, uma das luas de Júpiter. Um pouco menor do que a Lua da Terra, o
satélite é considerado por muitos pesquisadores como a principal aposta para
abrigar vida fora da Terra, devido ao extenso oceano que se encontra abaixo da
superfície congelada deste corpo celeste. A Agência Espacial Européia (ESA, na
sigla em inglês) tem planejado para 2022 uma missão para explorar Júpiter e
três de suas maiores luas, entre elas Europa.
Kepler-438b e Kepler-442b
Candidatos a
exoplanetas mais parecidos com a Terra já descobertos, eles orbitam estrelas
anãs vermelhas, menores e mais frias do que o Sol. Enquanto a órbita do
primeiro é de 35 dias, o Kepler-442b completa uma órbita em sua estrela a cada
112 dias. Com diâmetro apenas 12% maior do que o do planeta azul, o Kepler-4386
tem 70% de chance de ser rochoso, afirmam os pesquisadores, enquanto o outro,
cerca de 30% maior do que a Terra tem 60%.
Kepler-186f
A 500 anos-luz da nossa galáxia (cada ano-luz
equivale a 9,46 trilhões de quilômetros) e orbitando a zona habitável de uma
estrela anã, esse é o único planeta a ter o mesmo tamanho da Terra. Com isso,
os cientistas estimam que ele seja composto de rochas, ferro, água e gelo e
tenha uma atmosfera parecida com a do mundo onde vivemos. Além disso, ele tem
um movimento de rotação semelhante ao nosso, o que garante uma temperatura bem
distribuída em todas as suas faces. Essa soma de características indica que ele
pode ter água na forma líquida, um dos fatores fundamentais para a existência
de vida sobre sua crosta.
Kepler-62e
Descoberto em abril de 2013, está na zona habitável
da estrela Kepler 62, um pouco menor e mais fria que o Sol. Estar na zona
habitável significa a presença provável de água. Ele fica a 1.200 anos-luz da
Terra e tem tamanho 60% superior ao do nosso planeta. Sua órbita é de 122 dias
e os cientistas estimam que ele pode ser rochoso, como Marte, ou formado de
oceanos.
Kepler-22b
Localizado a 600 anos-luz da Terra, tem 2,4 vezes o
raio do nosso planeta e está bem no meio da zona habitável de uma estrela muito
parecida com o Sol. Foi encontrado em 2011 e demora 290 dias para dar a volta
ao redor de sua estrela, o que faz com que, possivelmente, tenha as mesmas
condições do nosso mundo.
Tau
Ceti e
Trata-se do planeta na zona habitável da estrela
Tau Ceti, que fica na constelação da Baleia, a 12 anos-luz do nosso Sol, e é
muito semelhante a ele. Tem cerca de cinco vezes a massa da Terra e os
cientistas ainda não sabem se sua composição é rochosa ou gasosa, como os
planetas gigantes.
Fonte-veja
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