Estudo
divulgado na última terça-feira, 10, pela revista científica Nature
Communications revelou como acontece a mudança de cor do camaleão. A pesquisa,
realizada por pesquisadores da Universidade de Genebra, na Suíça, mostra que a
mudança de cor não acontece da mesma forma que em outros animais, pelo acúmulo
e dispersão de pigmentos, mas por uma mudança estrutural em minúsculos cristais
existentes nas células da pele do camaleão.
Esses
nanocristais formam uma estrutura parecida com uma “grade” dentro de certas
células que têm a função de refletir as ondas de luz de diferentes
comprimentos. Quando o camaleão excita ou relaxa a pele, o arranjo estrutural
dos nanocristais é alterado, levando à mudança de cores.
Os
cientistas também descobriram que a mudança de cor não serve apenas para a
interação social e para a camuflagem. A equipe liderada por Michel Milinkovitch
e Dirk van der Marel observou que algumas células, conhecidas como iridóforos,
localizadas em uma camada mais profunda da pele não refletem a luz visível e
sim a luz infravermelha. Isso significa que a mudança de cores também é usada
para proteção térmica.
Durante
o estudo, os cientistas observaram que os nanocristais se organizam de uma
forma densa quando o camaleão está calmo, refletindo comprimentos de onda que
vão do verde ao azul. Já quando ele está excitado, outras cores como o amarelo,
o laranja e o vermelho são refletidas.
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