Uma espécie de camarões que brilha no escuro,
chamada de Rimicaris hybisae , vive no fundo do mar do Caribe e rasteja em
torno de rochas que expelem água quente. Segundo a Nasa, esses crustáceos podem
ser uma pista essencial sobre os tipos de vida que conseguem existir em
ambientes extremos de outros planetas.
Isso porque eles vivem em fontes hidrotermais
submarinas a 2.300
metros de profundidade, onde as temperaturas chegam a
400ºC e a escuridão predomina. Ao redor das fontes a água é morna permitindo a vida
da espécie no local. Os camarões são cegos, mas têm sensores térmicos na parte
de trás de suas cabeças. Alimentam-se do carboidrato produzido pelas bactérias
que vivem dentro das fendas.
Já que essas bactérias sobrevivem em condições tão
extremas na Terra, talvez outros seres sejam capazes de viver em ambientes
semelhantes em outros planetas.Elas obtêm sua energia por meio de reações
químicas, uma vez que o sulfeto de hidrogênio é abundante nas fendas
submarinas, através de um processo chamado quimiossíntese, que funciona na
ausência de luz solar. Elas utilizam o gás para produzir matéria orgânica.
Entretanto, se os camarões, que vivem na costa
oeste de Cuba, não conseguem encontrar bactérias para produzirem carboidrato,
eles não morrem. Tornam-se carnívoros ou até canibais. Os pesquisadores
encontraram pedaços de crustáceos nas entranhas dos camarões. Os cientistas
acreditam que eles comem seus semelhantes quando necessário.
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