Semelhante
à dengue, porém mais dolorosa, a febre chicungunya vem fazendo novos casos no
país; o número de vítimas infectadas com o vírus originário da África subiu
para dezessete. A doença causa fortes dores nas articulações – que podem
perdurar por anos após a fase aguda da infecção – além de febre alta e manchas
vermelhas pelo corpo.
Aparentemente,
todos os infectados contraíram a enfermidade no exterior. De acordo com
especialistas, a deflagração de uma nova epidemia é inevitável, já que o vírus
da chicungunya é transmitido pelos mosquitos do gênero Aedes, os mesmos
responsáveis pela disseminação da dengue.
Conforme
os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a febre foi detectada pela
primeira vez em 1952, na fronteira da Tanzânia com Moçambique. A doença ganhou
várias regiões da África e da Ásia, e, atualmente, há surtos cíclicos em
aproximadamente 40 países.
Em
dezembro de 2013, porém, a infecção foi registrada pela primeira vez nas
Américas e vem se propagando com muita rapidez; 30 nações da região já
reportaram o aparecimento do vírus. No Haiti, onde o Brasil mantém um
contingente de militares, a epidemia está completamente fora de controle.
O
risco (de epidemia no Brasil) é iminente, assegura o infectologista Stefan
Cunha Ujvari. “A qualquer momento vai começar uma epidemia, não há mais como
evitar: a doença é transmitida pelo aedes e segue a mesma rota da dengue. Basta
um mosquito picar um doente aqui que vai passar adiante”.
Das
17 ocorrências registradas no Brasil, 15 envolvem militares e missionários
brasileiros que regressaram de missão no Haiti. Os outros dois são de
brasileiros que estiveram a turismo na República Dominicana a turismo.
O
Ministério a Saúde está em alerta: outros dois casos estão em investigação,
também de pessoas vindas desses mesmos países. Todos os pacientes apresentaram
um quadro leve, estável e de evolução clínica favorável, informou na última
quinta-feira, 3, em comunicado.
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