Soa
como ficção científica, e por anos tudo indicava que isso se resumia a ficção,
mas a ideia de que a terapia genética – introduzir cópias de genes saudáveis em
pessoas que não os têm com o fim de tratar doenças – está finalmente próxima de
se tornar ciência.
Esse
campo científico começou com o pé esquerdo, com a morte altamente divulgada de
um paciente americano com problemas no fígado, em 1999. Em 2003 algumas
crianças francesas que estavam recebendo terapia genética devido a um problema
do sistema imunológico chamado SCID desenvolveram leucemia. Desde então, no
entanto, as coisas melhoraram. Com efeito, um procedimento voltado para a
deficiência de lipoproteína lipase (a qual causa altos níveis de gorduras no
sangue e todos os problemas associados), foi aprovado na Europa para uso
clínico.
O
sucesso mais recente, anunciado no mês passado no periódico Lancet, foi o de um
tratamento experimental para a coroideremia, um tipo de cegueira, causado pela
mutação de gene associado à proteína REP1. Sem a REP1 os receptores de luz dos
olhos se degeneram. Robert MacLaren da Universidade de Oxford usou um vírus
para levar versões funcionais do gene da REP1 para a parte mais sensível à luz
da retina. Cinco dos seis participantes no teste experimentaram uma melhora de
sua sensibilidade à luz. Dois pacientes melhoraram a ponto de poder ler mais
letras do que anteriormente em um teste de visão padrão.
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