quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Ciência: terapia genética



Soa como ficção científica, e por anos tudo indicava que isso se resumia a ficção, mas a ideia de que a terapia genética – introduzir cópias de genes saudáveis em pessoas que não os têm com o fim de tratar doenças – está finalmente próxima de se tornar ciência.
Esse campo científico começou com o pé esquerdo, com a morte altamente divulgada de um paciente americano com problemas no fígado, em 1999. Em 2003 algumas crianças francesas que estavam recebendo terapia genética devido a um problema do sistema imunológico chamado SCID desenvolveram leucemia. Desde então, no entanto, as coisas melhoraram. Com efeito, um procedimento voltado para a deficiência de lipoproteína lipase (a qual causa altos níveis de gorduras no sangue e todos os problemas associados), foi aprovado na Europa para uso clínico.
O sucesso mais recente, anunciado no mês passado no periódico Lancet, foi o de um tratamento experimental para a coroideremia, um tipo de cegueira, causado pela mutação de gene associado à proteína REP1. Sem a REP1 os receptores de luz dos olhos se degeneram. Robert MacLaren da Universidade de Oxford usou um vírus para levar versões funcionais do gene da REP1 para a parte mais sensível à luz da retina. Cinco dos seis participantes no teste experimentaram uma melhora de sua sensibilidade à luz. Dois pacientes melhoraram a ponto de poder ler mais letras do que anteriormente em um teste de visão padrão.


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