O Brasil formalizou uma parceria com
uma empresa espanhola para construir e operar um novo cabo submarino de fibra
ótica para transmitir dados de internet entre o país e o continente europeu. A
proposta de criação de uma empresa de capital misto foi aprovada nesta semana
pelo Conselho de Administração da Telebras. A estrutura, que deve ficar
totalmente pronta até 2016, deve custar US$ 185 milhões.
A JVCo (Joint-Venture Company) será
uma empresa brasileira, com participação acionária de 35% da Telebras e 20% de
fundos de investimentos, além de 45% da espanhola IslaLink Submarine Cables. As
operações para a instalação do cabo devem começar já no segundo semestre deste
ano. A previsão da Telebras é de que a estrutura entre em operação 18 meses
após o início das obras, segundo informou o presidente da Telebras, Francisco
Ziober Filho, em entrevista coletiva nesta quarta-feira (15).
Atualmente, o Brasil está conectado
ao exterior por meio de cinco cabos submarinos, mas apenas um deles vai para a
Europa. Os demais ligam o país aos Estados Unidos. A expectativa é que a adesão
de mais uma conexão ajude a baratear os serviços de internet no país, além de ampliar
a capacidade de transmissão de dados. O governo também considera o novo cabo um
projeto estratégico em relação à segurança digital, minimizando a interferência
dos Estados Unidos nas comunicações.
A Telebras também anunciou um
pré-entendimento com as empresas Silica Networks Argentinan S.A. e Silica
Networks Chile S.A. para construir, operar e manter uma rede de fibra ótica
para estabelecer uma conexão entre o Brasil e a Argentina. A conexão vai da
cidade de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, até a cidade de Paso de Los Libres,
província de Corrientes. O cabo ainda teria uma ligação direta ao Chile,
abrindo acesso às redes na costa do Oceano Pacífico.
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