Aqueles
que resistiram ao impulso de entrar no Facebook certamente se sentirão
justificados quando lerem as últimas pesquisas. Um estudo publicado em julho
pela Public Library of Science, conduzido por Ethan Kross da Universidade de
Michigan e Philippe Verduyn da Universidade de Leuven, na Bélgica, mostraram
que quanto mais uma pessoa usa o Facebook, menos satisfeita ela se sente com a
sua própria vida. O estudo conduzido pelos drs. Kross e Verduyn é o primeiro a
acompanhar usuários do Facebook por um período longo a fim de monitorar as suas
oscilações emocionais.
Os
pesquisadores recrutaram 82 usuários para o estudo. Esses voluntários,
adolescentes ou jovens de 20 e poucos anos, autorizaram o monitoramento de sua
atividade no Facebook por duas semanas e concordaram em registrar o seu humor e
os seus contatos sociais diretos cinco vezes por dia.
Quando
os pesquisadores analisaram os resultados, descobriram que quanto mais um
voluntário usava o Facebook nos períodos entre os questionários, pior ficava o
seu humor conforme registrado no preenchimento do questionário seguinte. Aos
voluntários também era pedido que avaliassem a sua satisfação com a vida ao
início e ao fim do estudo. Aqueles que usaram o Facebook muito tinham uma probabilidade
muito maior de registrar uma queda na satisfação do que aqueles que visitavam o
site com pouca frequência.
Por
outro lado, verificou-se uma correlação positiva entre a quantidade de contato
social direto de um voluntário e o seu bem-estar. Em outras palavras, quanto
maior o grau de socialização no mundo real, mais positivo o sentimento
registrado no questionário.
Nenhum comentário:
Postar um comentário