A
China está despejando todo tipo de lixo na atmosfera. Em janeiro de 2013, o ar
de Pequim atingiu um nível de toxicidade 40 vezes superior ao que a Organização
Mundial da Saúde considera seguro. Um décimo das terras agrárias do país está
envenenado por substâncias químicas e metais pesados. Metade da reserva de água
urbana do país é imprópria até para limpeza, muito menos para beber. Na porção
nordeste da China a poluição do ar tira cinco anos e meio da expectativa média
de vida.
Desde
1990 a quantidade de CO2 liberada pelas chaminés chinesas aumentou de 2 bilhões
de toneladas ao ano para 9 bilhões — quase 30% do total global. A China produz
quase duas vezes mais CO2 do que os Estados Unidos.
Tudo
isso levou a uma explosão de protestos ao redor do país. Isso preocupa o
governo, que teme que o ativismo ambiental possa se transformar em uma base
para uma oposição política mais geral. Então ele está lidando com a poluição de
duas maneiras – através da supressão e da mitigação.
O
governo prendeu ativistas ambientais e está planejando limitar o poder de
abrangência judicial implementando um corpo aprovado pelo Estado que garante um
monopólio sobre a aplicação de processos judiciais ligados a causas ambientais.
Ao mesmo tempo, está injetando dinheiro para a limpeza do país. Acabam de
anunciar que a China irá gastar US$ 275 bilhões (cerca de R$ 624 bilhões) nos
próximos cinco anos para melhorar a qualidade do ar — valor equivalente a quase
o PIB de Hong Kong, e duas vezes maior que o orçamento anual com defesa. É uma
quantia massiva, mesmo para os padrões chineses.
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