Um
novo padrão de televisão chamado Ultra HD tem uma definição quatro vezes maior
que as melhores TVs de HD de hoje em dia, mas gerar conteúdo para esse novo
formato apresenta desafios técnicos extremos. E, de todo modo, alguém precisa
de mais definição?
Agora
que o interesse por televisões 3D amainou, as empresas de eletrônicos estão
ansiosas para encontrar outro produto arrasa-quarteirão que fará o consumidor
gastar suas economias. O avanço que a maioria delas acredita que poderá
realizar essa façanha é uma tecnologia de exibição conhecida como Ultra Alta
Definição, que oferece quatro vezes a resolução dos mais avançados aparelhos de
TV HD “1080p” de hoje em dia. Sem dúvida, o Ultra HD gera imagens
impressionantes – ao menos quando o conteúdo foi gerado no novo formato de vídeo
4K.
Infelizmente,
apenas um punhado de longas-metragens (que incluem “O Incrível Homem Aranha”,
“Promotheus” e “O Hobbit”) foi filmado em câmeras capazes de registrar imagens
em 4K.
O
4K terá o mesmo destino do 3D? Ainda é cedo para dizer. Mas a televisão 4K –
muito mais do que o cinema 4K – enfrentará grandes obstáculos. Assim como a
televisão 3D, o novo formato de televisão 4K é pautado por Hollywood. O formato
digital de widescreen existente usado em cinemas tem 1.998 pixels de largura e
1.080 pixels de altura. O padrão de filme 4K tem o dobro dessa definição, tanto
horizontal, quanto verticalmente – isto é, 3.996 pixels para as laterais e
2.160 para a dimensão vertical, o que lhe dá, ao todo, uma definição quatro
vezes maior.
A
título de comparação, o formato 4K usado em televisores é um pouco mais
estreito, com 3.840 pixels na horizontal e 2.160 pixels na vertical. A largura
da tela foi reduzida para manter a razão 16:9 da HDTV, com sua relação de 1.920
por 1.080 pixels. Isso faz com que seja possível exibir conteúdo de vídeo já
existente que foi “promovido” para o formato Ultra HD sem a necessidade de
faixas pretas nas extremidades da tela.
No
entanto, quem precisa realmente de uma televisão 4K? Mesmo a resolução de um
aparelho HDTV com 1.080 linhas escaneadas progressivamente (isto é, de cima a
baixo continuamente) é desperdiçada para a grande maioria dos usuários, que
costuma sentar longe demais da televisão para conseguir notar todos os detalhes
que a tela exibe.
Fonte-opinião
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