A previsão do tempo requer uma enorme
quantidade de dados, muitas vezes reunidos por meio de alta tecnologia, como
satélites e radares, ou através da tecnologia básica, como os medidores de
chuva, que nada mais são que tubos com funis fixados em lugares altos como
telhados.
Porém, Aart Overeem, do Instituto
Real de Meteorologia da Holanda, calcula juntamente com sua equipe novas
maneiras de prever o tempo. A ideia é oferecer uma cobertura ampla com detalhes
precisos, utilizando algo que atualmente é onipresente: sinais de telefonia
móvel.
O esquema parte do princípio de que a
chuva dificulta a viagem pela atmosfera de certos tipos de ondas magnéticas. Ao
medir o coeficiente dessa tensão você tem uma plena ideia da probabilidade de
chuva. Embora a ideia em si não seja nova, Overeem e sua equipe vêm aplicando
com sucesso a técnica em um país inteiro, como relatou a revista científica
Proceedings of the National Academy of Sciences.
Usando dados de cerca de 2.400
ligações entre estações pertencentes à T-Mobile, uma das três operadoras da
Holanda, eles foram capazes de gerar um mapa de chuva de todo o país atualizado
a cada 15 minutos.
A tecnologia é simples e prática, mas
não é infalível. Neve e chuvas de granizo são mais difíceis de serem detectadas
pelas ondas magnéticas. Além disso, existe o fato de que a telefonia móvel é
mais presente em áreas urbanas, lugares que já contam com aparelhos eficazes de
previsão do tempo. Longe dos centros urbanos a cobertura é notavelmente menos
precisa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário