Especialistas em ciber-espionagem acreditam que o vírus Flame, descoberto durante uma investigação na limpeza dos computadores de empresas petrolíferas do Irão, é a ferramenta de espionagem mais poderosa que alguém possa ter visto até hoje.
De acordo com Marco Obiso, o coordenador da segurança cibernética das Nações Unidas, trata-se da “mais séria ameaça alguma vez encontrada” e pode ser utilizada contra a infraestrura dos estados, que “devem estar em alerta”.
Trata-se de um vírus com um tamanho e complexidade sem precedentes e que possui a capacidade de transformar os computadores infectados em autênticas máquinas de espionagem que podem inclusive 'puxar' informação de celulares que estejam sendo utilizados nas suas imediações, revelam peritos da Kaspersky de Moscovo.
Orla Cox, uma analista de segurança de uma conhecida empresa produtora de antivírus, explicou que os alvos do Flame foram, especificamente, iranianos.
“A forma como este vírus foi desenvolvido está para lá de qualquer coisa até hoje conhecida”, disse a especialista da Symantec ao The Guardian, acrescentando que é “como utilizar uma arma atômica para abrir uma noz”.
Os números, revelados pelos laboratórios da Kaspersky, mostram que o alvo preferencial do vírus foi o Médio Oriente, foram detectados 189 ataques no Irão, 98 na Faixa de Gaza, 32 no Sudão e 30 na Síria. No Líbano, Arábia Saudita e Egito foram também detectadas ocorrências.
Teerão, cujas instalações nucleares e ministério do Petróleo foram alvo de ataques, acusa os Estados Unidos e Israel de sabotagem do seu programa nuclear, que recusa ter uma aplicação militar.
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