sexta-feira, 18 de maio de 2012

Nanotecnologia combatendo ao câncer


Nanopartículas programáveis tem se mostrado promissoras em testes de combate ao câncer. Já existem sinais claros que a nanomedicina caminha em direção ao resultado esperado.
Os resultados dos testes em humanos se mostraram surpreendentes. Mesmo com uma dose menor do que o habitual, as metástases pulmonares múltiplas encolheram após um paciente receber apenas duas horas de infusões intravenosas de uma nanotecnologia em fase experimental de combate ao câncer. Outro paciente viu seu tumor cervical reduzir em quase 60 por cento após seis meses de tratamento.
Estes resultados encorajadores reavivaram algumas esperanças sobre a nanomedicina, talvez ela possa, em breve, realizar sua promessa até então considerada ilusória.
Por mais de uma década, os pesquisadores têm tentado desenvolver nanopartículas que pudessem entregar drogas mais eficaz e segura. A ideia é a de que uma das nanopartículas contendo um composto de fármaco possa seletivamente atacar células alvo de um tumor e evitar as células saudáveis.
O anticorpo ou outras moléculas pode ser anexado à nanopartícula e usado para identificar com precisão as células-alvo. ”Uma das maiores vantagens da nanotecnologia é que você pode projetar as coisas em forma de partículas, para que quimioterápicos possam ser direcionados para células tumorais, protegendo as células saudáveis do corpo e evitando os efeitos colaterais”, diz Sara Gancho, gerente de desenvolvimento de projetos de nanotecnologia do Instituto Nacional do Câncer no EUA.
O resultado dos testes foi recebido com entusiasmo pelos cientistas. Embora ainda exista um longo caminho pela frente, ao que parece, a tecnologia apresentou pela primeira vez resultados positivos e confiáveis.
Se os pesquisadores estiverem certos, em alguns anos revolucionárias formas de tratamento devem surgir.

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