Existe um ditado segundo o qual é pelos frutos que se conhece uma árvore. O talento e a inteligência de 33 jovens brasileiros de nove estados comprovam que a produção científica nacional rende ótimos resultados. Eles honraram o Brasil durante a Feira Internacional de Ciência e Engenharia da Intel (Intel Isef 2012), realizada na cidade norte-americana de Pittsburgh (Pensilvânia), entre 13 e 18 de maio. O maior evento de ciência e tecnologia envolvendo 1,5 mil estudantes de 68 países distribuiu mais de US$ 3 milhões para os projetos mais impactantes. E os brasileiros conquistaram oito prêmios e uma menção honrosa. O grande vencedor da feira foi o norte-americano Jack Thomas Andraka, de 15 anos.
A dupla Eduardo Rodrigues, 19 anos, e Juliana Hoch, 18 — ambos os alunos da Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha, de Novo Hamburgo (RS) — criou opções para dividir o ácido lactobiônico do sorbitol, usados antes de transplantes. “Esse ácido é o princípio ativo dos líquidos de conservação de órgãos. Tais líquidos são muito caros, porque exigem um processo de separação bastante complicado”, afirmou Juliana, pouco antes de ganhar o terceiro lugar na categoria bioquímica. O objetivo de ambos — que levaram ainda um prêmio concedido pela Sociedade Americana de Química — foi reduzir o custo da conservação dos órgãos, possibilitando um maior número de transplantes. Eduardo contou que não esperava a premiação. “A gente sempre quer, mas nunca espera. Na avaliação, percebemos que saímos bem dentro do que propusemos”, disse ele, estreante na Isef.
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