Uma droga já usada para tratar o HIV também deveria ser aprovada para evitar a doença, segundo recomendação do FDA, órgão que regulamenta alimentos e medicamentos nos Estados Unidos, segundo reportagem do “New York Times”. Pela primeira vez o governo americano aconselha que um medicamento antirretroviral seja prescrito para pessoas saudáveis que possam ter sido expostas ao vírus da Aids durante o sexo.
Estudos mostram que pessoas que tomaram o Truvada diariamente tiveram os riscos de infecção reduzidos drasticamente. Na última quinta-feira, depois de avaliar estes estudos, o painel consultivo do FDA, composto por médicos de fora do órgão, recomendou que o Truvada seja prescrito para pessoas com alto risco de infecção, como gays que tenham vários parceiros, pessoas que não usem camisinha sempre e pessoas que tenham relacionamento com HIV positivos. Homens negros jovens que fazem sexo com outros homens são considerados de mais alto risco. A ideia é que a droga também seja recomendada para prostitutas, embora o objetivo não seja substituir a camisinha e outros métodos de segurança, e sim aumentar a proteção com o remédio.
Segundo os especialistas há necessidade de métodos melhores para evitar a contaminação, porque há 50 mil novos casos de HIV por ano nos Estados Unidos e muitos dos novos infectados são homens cujos parceiros sexuais não percebem que são HIV positivos.
Muitos especialistas ponderaram que a possibilidade de as pessoas se infectarem durante o tratamento com o Truvada poderia contribuir para o desenvolvimento de uma resistência a certos tipos de vírus, mas o painel decidiu que os benefícios de evitar novas infecções compensam os riscos
Nenhum comentário:
Postar um comentário