Sob a bandeira de combate à pirataria, uma lei que está em discussão no Senado norte-americano, apelidada de SOPA (Stop Online Piracy Act) pode provocar uma reação significativa por parte de empresas de tecnologia, entre elas a Google, o Facebook e a Amazon. As companhias podem, de forma coordenada, desligar os servidores em protesto contra a lei.
Entre outros tópicos, a lei prevê que os sites que hospedam conteúdos protegidos - mesmo que tenham sido publicados por usuários de forma independente - podem ser suspensos, e os proprietários detidos por até cinco anos. A medida atingiria imediatamente sites de busca, de hospedagem de arquivos e redes sociais.
Se a ameaça for levada a cabo, a internet como conhecemos hoje permanecerá temporariamente desfigurada: não será possível realizar pesquisas no Google, ou fazer uma simples atualização de status no Facebook ou Twitter, por exemplo. Na página inicial dos sites apareceria apenas uma mensagem de repúdio à lei.
A SOPA conta com o apoio, principalmente, das grandes empresas de música e entretenimento dos Estados Unidos, como a Disney, Universal, Paramount e Warner Bros. Estas temem a perda de receitas por conta da distribuição livre de conteúdo na internet, fator que atualmente é impossível de ser controlado.
O projeto é extremamente impopular entre os usuários e muitas companhias. No final de dezembro, o provedor de serviços GoDaddy anunciou apoio à lei. Resultado: 40 mil sites retiraram os seus serviços e, para não falir, o GoDaddy teve que retirar publicamente o apoio.
Para resistir à aprovação da lei, empresas de tecnologia e empreendedores - como Sergey Brin (Google) Arianna Huffington (Huffington Post), Jack Dorsey (Twitter), dentre outros - fundaram a NetCoalition. Em novembro, a organização divulgou um documento que acusa supostos riscos à liberdade dos usuários na internet, caso a lei seja aprovada.
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