segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Tela flexível para smartphones



A Nokia está desenvolvendo um novo conceito de smartphones. Aparelhos com a tela flexível já estão em etapa avançada de produção. O projeto teve pequena demonstração no Nokia World, evento que está sendo realizado em Londres. Especialistas veem a audaciosa manobra como uma forma de evitar o movimento natural de “correr atrás” das inovações da Apple e encontrar um novo caminho.
A tecnologia foi batizada como Nokia Kinetic, e apresenta uma interação entre o movimento da tela e a interface do aparelho. É uma nova forma de manusear as informações. Dobrá-lo para frente, por exemplo, pode representar um zoom ou alguma outra função.
A tela do protótipo apresentado tem tamanho de quatro polegadas. Ela não é sensível ao toque, limitando a interação à flexibilidade do gadget. Os engenheiros responsáveis pela elaboração da tecnologia não deram previsão de quando ela será aplicada aos aparelhos no mercado.
No mesmo evento, a empresa finlandesa já havia anunciado o primeiro Windows Phone, estratégia da gigante de software para se reposicionar no mercado dominado por Apple e Google. Os smartphones com o novo sistema devem chegar ao Brasil no primeiro trimestre de 2012.

Internet por banda larga: mais de 50 milhões de brasileiros já acessam



Com taxa de crescimento de 67 novas conexões por minuto, o Brasil atingiu em setembro a marca de 50,7 milhões de acessos à banda larga. Os números são da Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil), que informa ainda que a quantidade de novos assinantes foi 60% superior à média de 2011.

Foram 2,9 milhões de pessoas que passaram a utilizar o serviço de internet rápida em setembro e 16,2 milhões de novos consumidores desde janeiro. Em 2010, nos nove primeiros meses do ano, os novos consumidores somaram 10,8 milhões de pessoas, crescimento de 50% em 2011.

A ampliação do acesso à banda larga é uma tendência que vem sendo confirmada pelos números. De acordo com a Telebrasil, nos últimos dois anos, a quantidade de pessoas que passaram a acessar o serviço mais que dobrou. Foram 33 milhões de novos assinantes nesse período.

A maior parte dos 50,7 milhões de consumidores de banda larga no Brasil faz o acesso por meio de internet móvel. São 34,5 milhões de pessoas utilizando o serviço dessa forma, contra 16,2 milhões que utilizam banda larga fixa. Apesar disso, o modelo fixo cresceu 24% nos últimos 12 meses, colocando o Brasil entre os dez maiores mercados mundiais de banda larga fixa.

Facebook: novas ferramentas



O Facebook anunciou, na última quinta-feira (27), uma nova ferramenta de segurança que usa os amigos de confiança do usuário, caso ele tenha problemas para entrar em sua conta.

De acordo com a rede social, o usuário deve escolher de três a cinco amigos de confiança que irão lhe ajudar, caso ele tenha problemas para acessar sua conta na rede. “É como se você estivesse dando uma cópia da chave da sua casa a seus amigos”, diz a equipe de segurança do Facebook, em um post em seu blog oficial.

Assim, quando o usuário esquecer sua senha ou não conseguir ter acesso a sua conta de e-mail, o Facebook irá enviar códigos para os amigos de confiança. Essa informação poderá ser passada ao usuário e usada no acesso à conta.

Outro novo serviço de segurança é a possibilidade de colocar senhas para entrar em aplicativos. Será possível escolher uma combinação para fazer o acesso aos aplicativos que funcionam dentro da plataforma do Facebook. A senha será gerada pelo próprio Facebook e não precisará ser memorizada pelo usuário.

As novas ferramentas de segurança serão testadas por alguns usuários na próxima semana, informa o Facebook.

sábado, 29 de outubro de 2011

LCD, LED ou Plasma?

As tecnologias e suas principais características


TV LCD: As telas de LCD são capazes de produzir belas imagens, mas contam com um detalhe que pode fazer toda a diferença: Como as telas de LCD não emitem nenhum tipo de luz, ela precisa utilizar recursos eletrônicos para produzir cores brilhantes. O resultado disso acaba sendo o de imagens menos naturais que as vistas nas outras tecnologias. Um número bem grande de televisores LCD, no mercado, é compatível com o novo sinal de TV Digital, mas justamente pela alta definição, algumas imperfeições podem aparecer principalmente em imagens com muita movimentação de câmeras.


TV LED: As telas LED estão caindo no gosto do consumidor, mas isso não quer dizer que tecnicamente elas são revolucionárias, como muitos segmentos do mercado vendem hoje. As telas de LED de hoje são, basicamente, telas de LCD com diodos de luz na parte traseira da tela. Elas oferecem mais vantagens na qualidade de imagem e no consumo de energia, porém acabam sendo mais caras, principalmente por ser uma tecnologia mais nova que as anteriores. Comparadas às telas de LCD, possuem um melhor contraste e taxa de atualização, e são muito mais adequadas para reprodução de imagens em Full HD.

TV Plasma: As telas de plasma produzem as melhores imagens que você pode encontrar no mercado. Normalmente são vendidas em modelos de telas grandes, que oferecem a melhor relação de contraste, exibição de cores, e uma resposta mais rápida das imagens (por causa do tempo de resposta dos pixels, consideravelmente menor que nos modelos de LCD e LED). Em compensação, elas consomem mais energia do que as outras, além de serem muito mais sujeitas a problemas de superaquecimento. Sem contar que, dos três modelos, ela é a que geralmente tem os preços mais elevados.

Conclusão

Cada usuário tem a sua necessidade e seu objetivo em particular, e essa preferência deve refletir no momento da compra. Usamos a televisão para assistir filmes, shows, jogar videogames, e até para conectar no computador. Por isso, cabe ao usuário fazer uma pesquisa pessoal sobre quais serão os principais usos da TV.

Os modelos de LCD costumam ser mais baratos e consumir muito menos energia que aos outros, e se você não tiver um olho bem treinado, nem conseguirá perceber muita diferença em relação às outras tecnologias.

Mas se você deseja assistir um filme com ‘aquela’ qualidade, em Blu-ray, ou praticamente se sentir dentro de um estádio de futebol (vale para outros eventos esportivos), certamente as TVs de Plasma são as mais adequadas, por conta da sua taxa de contraste e das cores mais nítidas. O meio termo entre estas tecnologias são as tela LED. No geral, a taxa de atualização costuma ser mais rápida nesses modelos, colocando-as como as mais indicadas para os videogames de última geração.



quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Bicicleta troca de marcha com a força do pensamento

Em abril, a japonesa Toyota pediu a ajuda de especialistas em bicicletas para desenvolver um modelo inspirado no Prius, o badalado carro híbrido da montadora. O protótipo do que isso significa pode ser visto na foto abaixo. À primeira vista, a PXP parece uma magrela comum. Não é. Para trocar de marcha, o ciclista só precisa usar a força do pensamento.


Ou seja, se ele estiver subindo uma ladeira tem de pensar “subir a marcha”, e, como num passe de mágica, a bicicleta fica mais leve. O segredo está num capacete com neurotransmissores que lêem o cérebro e conversam com um iPhone instalado no guidão.

Quem não se acostumar com a ideia não precisa se preocupar: um aplicativo que analisa a cadência das pedaladas e o ritmo cardíaco ajuda a trocar de marcha. A PXP ainda não tem previsão para ser produzida em série.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Pesquisa descarta relação entre uso de celular e aparecimento de câncer

O maior estudo já realizado para investigar a possível conexão entre o uso de telefones celulares e câncer não encontrou evidências de que esses aparelhos estimulem a formação de qualquer tipo de câncer. A pesquisa envolveu 350 mil pessoas e concluiu que não havia diferença nas taxas de incidência de câncer entre usuários de celulares por uma década e não usuários. Em 2010, um outro estudo deixou dúvidas a respeito dessa questão, e não descartou a possibilidade de aparecimento de glioma, um raro porém letal tumor cerebral em indivíduos que passam horas nesses telefones.

Na época, a Agência Internacional para a Investigação de Câncer classificou a energia eletromagnética dos telefones celulares como "possivelmente cancerígena". Mas esses aparelhos não emitem o mesmo tipo de radiação aplicada em alguns exames de radiologia, dizem especialistas. E duas agências americanas - a Administração de Drogas e Alimentos (FDA) e a Comissão Federal de Comunicações - não encontraram qualquer vínculo entre celular e câncer.

Na investigação publicada na edição on line da "Revista Britânica de Medicina", os autores atualizaram estudo prévio que examinou 358.403 usuários de celulares, com média de idade de 30 anos na Dinamarca, de 1990 a 2007. As taxas de câncer nos usuários de celulares durante aproximadamente 10 anos foram similares às taxas em participantes sem telefone celular. E os usuários não apresentaram uma maior probabilidade de desenvolver tumor de cérebro, como glioma.

Porém, mais de cinco milhões de pessoas em todo o mundo usam celulares, o que dificulta a realização de estudos comparando a incidência de câncer em usuários dos aparelhos e não usuários.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Candidato eliminado na fase de investigação social deve prosseguir em concurso

A eliminação de candidato em concurso público fundamentada no fato de responder a ações penais sem sentença condenatória, ou por ter o nome inscrito em cadastro de inadimplência, “fere o princípio da presunção de inocência”. Foi o que entendeu a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) ao deferir recurso de candidato eliminado na fase de investigação social de concurso.

O certame foi promovido pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, para provimento de vagas e formação de cadastro de reserva ao cargo de técnico penitenciário, em 2007. O candidato havia passado na prova objetiva e no exame de aptidão física, mas foi desclassificado na fase de investigação de vida pregressa.

O motivo é que ele respondia a duas ações penais. Uma por receptação qualificada e outra pelos delitos previstos nos artigos 278, por crime contra a saúde pública, e 288, por formação de quadrilha ou bando, ambos do Código Penal. Além disso, tinha seu nome incluído em cadastro de serviço de proteção ao crédito por quatro vezes. O candidato entrou com recurso administrativo, mas logo os aprovados foram convocados para a última fase do concurso.

Inconformado, ele entrou com mandado de segurança no Tribunal de Justiça do Distrito Federal. Sustentou que não havia sido condenado e que as inscrições do seu nome em cadastro de devedores não determinaria caráter inidôneo, refletindo apenas “condições financeiras adversas”. Ele alegou ainda que vislumbrou no certame a única saída para suas dificuldades.

Os desembargadores negaram o pedido, em vista da “essencialidade da idoneidade moral e de conduta ilibada do servidor que estará em contato direto com os internos do sistema prisional do Distrito Federal”. Os magistrados destacaram que a exigência constava expressamente no edital.

No documento, a instituição organizadora do concurso afirmava que os candidatos seriam “submetidos à sindicância da vida pregressa e investigação social, de caráter unicamente eliminatório, para fins de avaliação de sua conduta pregressa e idoneidade moral”, e que esses eram “requisitos indispensáveis para aprovação no concurso público”.

Ao julgar o recurso em mandado de segurança no STJ, a relatora do caso, ministra Laurita Vaz, afirmou que a eliminação amparada em processos criminais que ainda não resultaram em condenação “fere o princípio da presunção de inocência” e contraria entendimentos anteriores da corte.

A relatora entendeu ainda que o fato de o nome do candidato constar em cadastro de inadimplência não seria suficiente para impedir o acesso ao cargo público, e que a desclassificação nesse sentido é “desprovida de razoabilidade e proporcionalidade”. Citando jurisprudência pacífica do Supremo Tribunal Federal (STF) em apoio a sua tese, Laurita Vaz foi acompanhada pela maioria do colegiado.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Estudo revela que Internet e redes sociais podem estar “mudando” nossos cérebros

Segundo um novo estudo, os sites de redes sociais podem estar mudando o cérebro das pessoas, bem como sua vida social.
Varreduras do cérebro das pessoas mostram uma ligação direta entre o número de amigos no Facebook e o tamanho de certas partes de seu cérebro.
Os cientistas não sabem dizer se o uso de redes sociais é que aumenta a massa cinzenta, ou se as pessoas com certas estruturas cerebrais são apenas melhores em fazer amigos.
As regiões envolvidas no estudo têm um papel na interação social, memória e autismo.
Os pesquisadores contaram o número de amigos no Facebook que cada voluntário tinha, bem como avaliaram o tamanho de sua rede real de amigos.
Uma forte ligação foi encontrada entre o número de amigos no Facebook que uma pessoa tinha, e a quantidade de matéria cinzenta em certas partes de seu cérebro.
O estudo também mostrou que o número de amigos no Facebook refletia o número de amigos “verdadeiros” que alguém tinha.
“Encontramos algumas regiões do cérebro que parecem se ligar com o número de amigos que temos, tanto ‘reais’ quanto ‘virtuais’”, disse Ryota Kanai, um dos pesquisadores da University College London. “A questão interessante agora é saber se estas estruturas mudam com o tempo. Isto nos ajudará a responder à pergunta de se a internet está mudando nossos cérebros”, explica.
Uma região envolvida é a amígdala, que está associada com a memória e as respostas emocionais.
Pesquisas anteriores já haviam mostrado uma ligação entre o volume de massa cinzenta na amígdala e o tamanho e complexidade das redes sociais do mundo real. Massa cinzenta é o tecido do cérebro onde o processamento mental ocorre.
Três outras áreas do cérebro estavam ligadas com o tamanho da rede online de alguém, mas não com a contagem de amigos do mundo real.

O sulco superior direito temporal tem um papel importante na percepção e pode ser prejudicado no autismo. O giro médio esquerdo temporal é associado a “ler” os sinais sociais, enquanto a terceira área – o complexo direito entorrinal – é pensado para ser importante na memória e navegação.

Geraint Rees, cientista que liderou a pesquisa, disse que pouco se sabe sobre o impacto das redes sociais sobre o cérebro, o que levou a especulações de que a internet é algo ruim para nós.

“Nosso estudo nos ajudará a começar a entender como nossas interações com o mundo são mediadas através de redes sociais”, disse. “Isso deve nos permitir começar a fazer perguntas inteligentes sobre a relação entre a internet e o cérebro – questões científicas, não políticas”.

Embora o estudo tenha encontrado uma ligação entre a estrutura do cérebro humano e o tamanho da rede social online de uma pessoa, não é possível estabelecer causa e efeito

Aparelho que detecta problemas cardíacos

Uma equipe de pesquisadores da Universidade Politécnica de Lausanne, na Suíça, fabricou um dispositivo eletrônico que detecta anomalias no ritmo cardíaco da pessoa em tempo real e envia a informação do eletrocardiograma, já analisada, ao próprio paciente e a seu médico.

O líder do estudo, o espanhol David Atienza, disse que ao contrário de outros aparatos, este é capaz de interpretar dados e avisar quando algo sai do normal. "Até agora, este tipo de dispositivo apenas coletava informação, que mais tarde tinha que ser analisada pelo médico, enquanto este já indica possíveis patologias que o paciente pode apresentar", explicou Atienza.

O investigador afirmou que o aparelho envia uma mensagem ao telefone celular do paciente se detectar algo errado, além de enviar um e-mail a seu médico com informações detalhadas. "Ambos recebem a evolução do eletrocardiograma das últimas duas horas", precisou o pesquisador.

Desta forma, é possível descobrir anomalias cardíacas num estágio muito inicial, o que pode prevenir problemas maiores. O dispositivo, batizado WBSN ("wireless body sensor network"), requer um modo de transmissão das informações padrão, que pode ser via GPS, 3G ou Bluethooth, e pode ser usado em celulares iPhone, Nokia e HTC.

Atienza contou que a eficácia do WBSN foi comprovada em 20 pacientes com problemas cardíacos e em mais cem pessoas, mas que antes de ser comercializado o aparelho precisa passar por mais uma etapa de estudos. "O processo completo deve estar pronto em quatro ou cinco meses, porque já temos a tecnologia, que é o mais complicado", disse o cientista.

Seu lançamento no mercado, no entanto, pode demorar um pouco mais pois dependeria de decisões empresariais das companhias que já demonstraram interesse em comercializar o aparelho. De acordo com Atienza, existem duas empresas interessadas em sua venda, e três companhias de saúde que pretendem comercializar o produto aos seus assegurados.

"Segundo meus cálculos, se forem fabricadas cinco mil unidades, o que é um número razoável de alcançar, o dispositivo poderia ser vendido por cerca de 50 euros", estimou o líder do estudo.

Concursos públicos podem ter exame antidoping

A Comissão de Educação, Cultura e Esporte da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira, 18, a exigência do exame antidoping nas provas físicas realizadas em concursos públicos.
O projeto de lei, de autoria do senador Acir Gurgacz (PDT-RO), determina ainda que o exame antidoping em concursos públicos seja feito segundo normas e procedimentos adotados pelas entidades nacionais de administração do esporte olímpico, tudo com divulgação obrigatória no edital do concurso.
Igualdade entre candidatos
Segundo o deputado Gurgacz, a ausência do exame antidoping nos testes físicos de concursos públicos dá margem para desrespeitos ao princípio constitucional de igualdade entre os candidatos. O objetivo é punir aqueles que usarem algum medicamento para melhorar o desempenho físico.
A matéria segue agora para votação em caráter terminativo na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara.

sábado, 15 de outubro de 2011

Estudo revela espionagem norte-americana no Brasil

Documento da Embaixada Americana com informações sobre o Brasil
Eram os adidos trabalhistas, que foram enviados ao Brasil para descentralizar o operariado das mãos do governo da época. Em pesquisa de doutorado realizada na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, Afonso analisou a ação dos adidos trabalhistas norte-americanos e ingleses no Brasil, entre 1943 e 1952. “A vinda dessas lideranças foi uma tentativa de “fazer a cabeça” dos brasileiros para a busca da desvinculação de sua atuação do Estado”, afirma.
O pesquisador descreve os adidos trabalhistas como pessoas que não pertencem ao quadro diplomático de determinado país, mas servem junto à estes órgãos representando interesses específicos, como o adido militar e o adido cultural, por exemplo. Quando Roosevelt assumiu a presidência dos Estados Unidos, em 1933, colocou os adidos trabalhistas para se inteirarem da movimentação sindical ao redor do mundo, que tinha fios ideológicos ligados a esquerda proposta pelos soviéticos. “Mesmo sabendo da contraposição que ia sofrer, Vargas não pôde se indispor à presença dos grupos, pois estes se apresentavam oficialmente como membros da embaixada norte-americana no Brasil”, revela Afonso. Segundo o professor, as lideranças norte-americanas queriam criar uma grande central sindical mundial, a qual comandariam.

Foram analisados cerca de 9 mil documentos do governo americano
Atenção redobrada
No segundo mandato de Vargas, a atenção dos adidos trabalhistas no Brasil foi redobrada, pois o Departamento de Estado sabia que sua liderança ia de encontro com o desejado pelos EUA para o Brasil, bem como para a América Latina toda. Os documentos comprovam que, logo após o final da Segunda Guerra, eles mudam de tom e voltam a ver todo o resto do continente americano como um fornecedor de matérias-primas e uma possibilidade para expansão de mercado. Ainda assim, Afonso diz não ter encontrado nos documentos uma comprovação oficial de que os Estados Unidos articularam um boicote ao governo Vargas.
Segundo Afonso, o programa dos adidos trabalhistas foi criado depois da Crise de 1929 para que o Departamento de Estado tivesse um maior controle sobre a situação de suas empresas no exterior. “O Departamento de Estado é um braço do modelo econômico”, diz. À época, as motivações para as ações se davam para impedir a organização do corpo de funcionários de empresas norte-americanas ao redor do mundo, que possivelmente atuariam em greves, passeatas e ações contra seus empregadores.
A ideia para a pesquisa surgiu durante a elaboração de seu mestrado, sobre a presença do partido comunista na Assembleia Legistativa de São Paulo, quando encontrou documentos norte-americanos secretos que apresentavam um pretendido controle sobre o Partido Comunista Brasileiro (PCB). Eles eram camuflados por interesses dos Estados Unidos no Brasil no período da Segunda Guerra e no pós-guerra. Naquela ocasião, o movimento sindical ao redor do mundo era preocupante, pois recebia o apoio da União Soviética. Além de o Brasil ser um mercado em expansão e cabia aos EUA garantir que suas empresas dominassem o parque industrial que viria em seguida.
Período nos EUA
Foram cinco meses nos Estados Unidos analisando documentos antes arquivados como secretos ou de circulação restrita. O selo “TOP SECRET” sobre as caixas que guardavam os documentos tinha sido riscado e sobre ele posto um novo selo “Desclassified”, ou seja, o Estado não julgava mais aquilo como secreto, apenas como uma parte da política externa do passado do país. O acesso aos documentos é irrestrito, inclusive para estrangeiros. Contudo, as perguntas sobre o desenrolar da pesquisa foram muitas e minuciosas.
Afonso diz ter se surpreendido com os dados encontrados em sua pesquisa por se deparar com uma enorme logística voltada para a espionagem e tentativa de doutrinação. A abertura e análise de documentos antes secretos facilita a compreensão de uma época marcada e movida por divergências entre potências de ideologias antagônicas, além de tirar do campo das hipóteses a noção de que os Estados Unidos tinham, deveras, um controle sobre tudo o que estava dentro do seu campo de interesse nas relações exteriores.

Vem aí o Horário de Verão, de novo.

Neste domingo entra em vigor no Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, o Horário de Verão, no qual os relógios deverão ser adiantados em uma hora, até o dia 26 de fevereiro de 2012. Com a medida, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) estima uma economia de R$ 175 milhões (considerando o custo do investimento evitado com expansão da capacidade instalada para atender a uma demanda mais elevada, essa estimativa alcança R$ 3,6 bilhões), e esses números ainda não incluem a participação da Bahia, que voltará a adotar o Horário de Verão depois de oito anos.
Para os fãs de praia, o Horário de Verão é uma bênção, e no litoral do país, a população ansiosa pela expectativa de permanecer nas areias escaldantes por mais uma hora recebe a medida com sorrisos. Muitos creem que a saída do trabalho sob a luz do sol melhora o humor e aumenta a produtividade. No entanto, o horário também tem seus detratores.
De acordo com o endocrinologista Daniel Benchimol, o adiantamento em uma hora cria desajustes em várias ações hormonais e metabólicas do corpo. Esses desajustes se repetem quatro meses mais tarde no fim do horário de verão. “É importante que as pessoas repousem mais e façam mudanças graduais antecipadas para o novo sistema”, diz ele. Além disso, sair do trabalho com um céu ensolarado pode ser revigorante, mas, pra muitos, chegar ao trabalho na escuridão das ruas pode ser não apenas desestimulante, mas também perigoso.
Uma dúvida, no entanto, permanece: onde vão parar esses R$ 3,6 bilhões de economia? Provavelmente no setor energético, já que os anúncios de construções de novas usinas hidrelétricas se multiplicam pelo país. Ou talvez não, já que no Brasil, o destino final do dinheiro é sempre uma incógnita.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Colômbia treina ratos para localizar minas

Um projeto desenvolvido na Colômbia treina ratos de laboratório para encontrar minas terrestres, enterradas em áreas que cobrem mais de 70% do território do país.


Como os roedores são extremamente leves, eles não detonam os explosivos com o peso do próprio corpo, podendo substituir cães e homens na tarefa de encontrar as minas antipessoais.

O estudo, iniciado há quatro anos no Laboratório de Comportamento Animal da Escola de Pós-Graduação da Polícia Nacional da Colômbia, em Bogotá, mostra que os camundongos precisam treinar por três meses até ficar aptos a encontrar as minas.
A veterinária Luisa Fernanda Méndez, idealizadora do projeto, disse à BBC Brasil que a ideia surgiu com a necessidade de acelerar o processo de desativação de minas na Colômbia, primeiro colocado no ranking de minas terrestres depositadas no mundo.
'Existem explosivos e bombas enterradas em 78% do território colombiano e, como ratificamos a Convenção de Ottawa (que proíbe minas terrestres), temos de avançar na missão de desativar as minas no país', diz Luisa.
Atualmente, segundo ela, este trabalho é feito por cães policiais treinados e por militares, que muitas vezes detonam os artefatos somente ao tocá-los, e acabam feridos ou mortos.
Entre 2006 e 2010, 23 cães e 220 soldados foram mortos ou feridos pelas minas. Assim, Luisa tomou como exemplo uma pesquisa realizada com roedores da Tanzânia, usados para encontrar bombas, para criar uma opção para desativar os explosivos.
Ela afirma que o modelo não deu certo no país africano devido ao peso dos roedores, que tinham em média 750 gramas - um artefato pode ser ativado com mais de 500 gramas de contato por pressão ou arrastamento.
'Começamos a pensar em um animal capaz de seguir instruções e de rastrear. Tentamos ratos silvestres, mas devido à cor, os perdíamos facilmente no ambiente natural. Depois tentamos gatos, mas obtivemos êxito com os ratos brancos', diz.
'Em média, (os camundongos) encontram as minas em 86% das buscas, sendo que alguns alcançam a marca de 95% de acertos e não detonam os explosivos porque pesam cerca de 450 gramas', afirma Luisa.
Socialização
O trabalho de adestrar os ratos para encontrar as minas já começa nas primeiras horas de nascimento. Luisa e seu assistente, o subtenente Erick Guzman, participam de todo o processo e colocam nomes nos ratinhos já nas suas primeiras horas de vida.
'Nós os chamamos pelos nomes - Sofia, Matteo e Paco, por exemplo - e ficamos em contato direto, para que se acostumem aos seres humanos', diz a veterinária.
Além disso, o laboratório tem dois gatos, que no início foram usados para 'demarcar território' e impedir a entrada de outros gatos que vivem nas redondezas e que entravam no local para atacar os ratos.
A integração entre os felinos e os ratos é tão grande que eles também participam das atividades de treinamento dos pequenos filhotes.
'O ambiente é o mais adaptado possível às condições externas, e os ratinhos fazem visitas aos escritórios do centro de treinamento para se socializar. Esse é o primeiro passo para que eles não se sintam estressados ou desconfortáveis', diz a pesquisadora.
Treinamento
A primeira parte do treinamento é feita com os filhotes em labirintos dentro do laboratório e depois em campo aberto. A etapa seguinte é feita em campo aberto, em um ambiente simulado.
Os camundongos são treinados para encontrar os sete tipos de artefatos e explosivos mais comuns na Colômbia. Os roedores são ensinados a buscar as minas por meio de comandos de voz.
'Isso é feito a até 10 metros de distância entre nós e os ratos, o ideal para ter segurança na atividade no ambiente real', diz a veterinária.
Segundo ela, quando os camundongos encontram a mina, ficam quietos e esperam pela recompensa: um torrão de açúcar.
Quando os ratos encontram as minas, segundo Luisa, as equipes especializadas têm uma média de 4 a 5 minutos para desarmar os artefatos.
A primeira experiência com minas ativas e em ambiente real será feita em dezembro deste ano.
Bem-estar animal
A veterinária brasileira Ekaterina Botovchenco Rivera, membro ad hoc da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), considera este trabalho um bom exemplo.
'A balança tem que estar em quase equilíbrio, pesando mais para o bem-estar dos animais. Aqui nós vemos a busca desse bem-estar, na proposta de substituir o cão, que sofre, por outra espécie que poderá não ser vitimada', disse Rivera à BBC Brasil.
A especialista também elogiou o modo como é realizado o treinamento, por meio da recompensa positiva, fazendo com que os animais colaborem de forma espontânea.






sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Peugeot Citroën apresenta triciclo elétrico

A PSA Peugeot Citroën apresentou durante o Fórum da ADEME (Agence de l'Environnement et de la Maîtrise de l'Energie – Agência do Meio Ambiente e da Matriz Energética da França), em Paris, um projeto de veículo denominado de o Veículo Elétrico Leve para a Cidade. O VéLV foi desenvolvido pelo Grupo em colaboração com um consórcio de empresas francesas e um laboratório de pesquisa.
O modelo é um triciclo elétrico para três pessoas, com uma potência de 20 kW e com peso de 650 kg, 100 km de autonomia e 110 km/h de velocidade máxima. Com 7,20 metros de diâmetro de esterçamento, ele consegue indicar, em tempo real, o perímetro de ação do veículo em função de sua autonomia e identificar os postos de recarga acessíveis com a energia disponível.
Esse projeto tem como objetivo limitar a quantidade de energia embarcada, propondo um veículo lúdico que proporcione prazer de dirigir, graças ao motor elétrico e ao seu torque máximo imediatamente disponível, associado a um peso reduzido. O baixo consumo de 85 Wh/km tem um nível equivalente ao deslocamento de uma pessoa viajando de trem. O VéLV também respeita as exigências da regulamentação dos veículos particulares em matéria de segurança passiva.
Este conceito tem como público alvo às frotas empresariais, à locação de veículos, a pessoas que pretendem comprar um segundo carro e a inúmeros clientes particulares que desejam melhorar sua mobilidade na cidade. O VéLV responde aos desafios do futuro dos transportes, concorrendo para o desenvolvimento de sistemas de tração elétrica leves e contribuindo assim com todo o setor de veículos elétricos na França, com o apoio da ADEME.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Vacina anti-HIV: será?

Cientistas espanhóis anunciaram ontem ter conseguido uma alta taxa de sucesso em uma vacina contra o vírus da Aids. Em um ensaio clínico com 30 pessoas, a substância, conhecida como MVA-B, melhorou a resposta imunológica de 90% delas. E o melhor: os efeitos do antídoto permaneceram no organismo dos participantes por até um ano. Embora os testes ainda estejam na fase inicial, são os mais promissores, até agora, em relação à durabilidade do remédio no corpo humano. Outra vantagem do método é que ele não provocou reações adversas nos voluntários.

Os pesquisadores do Centro Nacional de Biotecnologia da Espanha estudam o MVA-B desde 1999. Esse vírus foi isolado na Índia e serve até hoje como modelo para a criação de vacinas contra várias doenças, entre elas, a varíola. Para o antídoto contra o HIV, os especialistas usaram a “carcaça” desse vírus e introduziram quatro genes da Aids — Gag, Pol, Nef e Env.

“O MVA-B funciona como um veículo, no qual o vírus do HIV entra de forma atenuada no organismo humano”, explica o virologista Enrique Argañaraz, da Universidade de Brasília (UnB). Em 2008, a eficácia da técnica foi comprovada em uma série de testes clínicos com camundongos e macacos. O sucesso dessas experiências motivou a administração da vacina em humanos.
Durante os ensaios, 24 voluntários receberam o antídoto que continha o MVA-B, enquanto seis ganharam placebo. A substância foi administrada em três doses, por via intramuscular, ao longo de 16 semanas. Os efeitos duraram até a 48ª semana.

“O MVA-B demonstrou que é tão potente ou até melhor do que outras vacinas atualmente em estudo”, comemorou, em entrevista coletiva à imprensa, Mariano Esteban, pesquisador do Centro Nacional de Biotecnologia e responsável pelo desenvolvimento do composto. Os testes foram realizados com a colaboração de médicos do Hospital Clínico de Barcelona e do Hospital Gregorio Marañón, de Madri. Os resultados estão descritos nas revistas especializadas Vaccine e Journal of Virology.

Vitória
A equipe que conduziu os estudos ressaltou que o MVA-B é seguro e que seus efeitos são comparáveis aos que atingem pessoas que tenha sido imunizadas contra qualquer outra doença. “Não houve nenhum efeito adverso que comprometeu a saúde dos voluntários”, garantiu a jornalistas Juán Carlos Quirós, do Hospital Gregório Marañón. A permanência da vacina no corpo dos participantes também foi exaltada pelos cientistas. “A substância induziu uma resposta imunológica bastante duradoura, algo difícil de conseguir em se tratando do vírus da Aids”, observa o professor Enrique Argañaraz.
Agora, os cientistas espanhóis precisam estender os ensaios clínicos. “Os resultados precisam ser analisados com cautela, já que o tratamento só se provou eficiente em 30 voluntários”, ressalvou Felipe García, do Hospital Clínico de Barcelona. “Mesmo que (a vacina) estimule uma resposta potente na maioria dos casos, é cedo para dizer que essas defesas seriam capazes de prevenir uma infecção”, completou.

Outras etapas da pesquisa incluirão a administração do MVA-B em mais participantes e com diferentes dosagens. Outra opção será testar a droga em pacientes que já têm a infecção. Com isso, o remédio seria usado não para prevenir, mas como tratamento alternativo para quem precisa tomar coquetéis diários contra a doença.

sábado, 1 de outubro de 2011

Nanotecnologia na medicina

A nanotecnologia molecular será de grande importância para o campo da medicina em geral. A aplicação da nanotecnologia molecular, nanobiologia, nanobiotecnologia são algumas das áreas da nanotecnologia mais usadas na medicina. Além das áreas citadas anteriormente, ananotecnologia médica também se mostra influente na fabricação de nanofármacos, que são os medicamentos à base de nanopartículas, podendo se localizar em alvos específicos, entrando em túbulos tumorais de diâmetro da ordem de 50 nanômetros.

A  aplicação da nanotecnologia na medicina pode, além disso, ter seu papel na parte dos testes diagnósticos rápidos, como aqueles que determinam a suscetibilidade individual a diferentes distúrbios ou revelam quais são os genes mutados em um paciente com câncer, por exemplo. Os cientistas também estudam o seu uso como agentes de contraste melhorados para obtenção de imagens de forma não invasiva e como veículos distribuidores de fármacos.
Imagine um exército de robôs em escala nanométrica entrando em seu corpo para destruir apenas células cancerígenas, combater bactérias e vírus, inserir medicamentos em células específicas e até mesmo para desobstrução de artérias e realização de cirurgias com o mínimo de invasão possível. A nanotecnologia aplicada à medicina, área conhecida comonanomedicina, que desenvolve dispositivos e partículas que medem poucos nanômetros é a grande aposta da ciência para os diagnósticos e tratamentos de diversas doenças dentro de 5 a 20 anos.

Nokia Siemens Networks eleva as velocidades de download

Ajudada por avançadas tecnologias de antenas, a Nokia Siemens Networks elevou as velocidades de download via HSPA (High-Speed Packet Access) para 336 megabits por segundo (Mbps) durante uma demonstração na feira PT/Expo Comm, realizada em Pequim (China).
As tentativas de aumentar a largura de banda da tecnologia HSPA ocorrem à sombra da crescente popularidade das redes Long-Term Evolution (LTE), de quarta geração. Para alcançar os 336 Mbps, a Nokia Siemens usou vários truques de rádio, incluindo a tecnologia de antenas MIMO (Multiple-Input Multiple Output) e o envio de dados por várias operadoras ao mesmo tempo. A tecnologia MIMO usa várias antenas, tanto na estação rádio-base quanto no aparelho, para aumentar a velocidade.
O equipamento de rede que tornará real este nível de desempenho estará disponível em 2012, segundo a Nokia Siemens.
A primeira geração do HSPA oferecia velocidades de download de 1,8 Mbps. Hoje, várias operadoras oferecem velocidades de até 42 Mbps (cerca de 20 Mbps, no mundo real). Antes de as redes chegarem a 336Mbps, será preciso que as operadoras atualizem suas redes para 84 Mbps ou 168 Mbps e que tenham o espectro necessário, disse o presidente da organização setorial GSA (Global Mobile Suppliers Association), Alan Hadden.
Mas é provável que não acabe aí. No fim do ano passado, a T-Mobile (nos EUA) e a Nokia Siemens afirmaram que o HSPA futuramente será capaz de alcançar velocidades teóricas de download maiores que 650 Mbps. Para chegar lá, as operadoras terão de combinar freqüências de mais de uma banda – um modo de aumentar a largura de banda que também será utilizado nas redes LTE de próxima geração.
As duas tecnologias de rede viverão lado a lado durante um bom tempo. O uso simultâneo de LTE e HSPA permitirá às operadoras atender a mais assinantes, à medida que o volume de dados aumente. Como a cobertura LTE ainda é limitada, o HSPA funcionaria como rede de apoio. O HSPA também pode ser a solução para operadoras que não têm o espectro necessário para oferecer LTE.