Apesar de até agora ninguém ter conseguido criar a carne sintética, ela pode ser produzida em até seis meses, afirmou o pesquisador Mark Post, da Universidade de Maastricht (Holanda). Post é o pioneiro da tecnologia, e se reúne com outros pesquisadores na Suécia nesta semana para debater o assunto.
A carne de laboratório é produzida a partir de células do animal crescidas in vitro. Post já conseguiu utilizar células de porco para crescer músculo. Alimentando essas células com soro fetal de cavalo ele conseguiu fazer crescer tiras de músculo de 2,5 centímetros de comprimento e 0,7 cm de largura.
Para fazer com que a carne tenha a mesma textura do que a natural, ele estica as tiras em velcros – uma forma de exercício físico. A carne, no entanto, tem a aparência pálida, porque não tem sangue e há pouca quantidade de uma proteína responsável pelo ferro. O pesquisador estuda ainda como inserir essa proteína.
Outro problema da criação de carne em laboratório é a segurança do produto final. No caso das células alimentadas por soro de cavalo, a carne poderia estar contaminada com proteínas chamadas príons, perigosas à saúde. A solução seria alimentá-las com produtos animais, mas o problema ético de matança de animais continuaria.
O próximo desafio dos cientistas é descobrir os tipos de células animais que mais se multiplicam para conseguir aumentar a produção de carne sintética. Provavelmente, algumas correntes não concordarão com esse tipo de prática, mas a organização pelos direitos dos animais Peta ofereceu US$ 1 milhão para o primeiro que conseguir produzir carne sintética comercialmente.
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