Bola da vez nas mais variadas indústrias, a nanotecnologia – que inclui tudo aquilo que é menor do que um décimo de micrômetro (milionésima parte do metro) – tem motivado empresas do setor farmacêutico a lançar produtos diferenciados. Um dos mais conhecidos é o protetor solar, que pode ser desenvolvido com nanopartículas de óxido de zinco ou de óxido de titânio. As fórmulas mais antigas de protetores usam partículas maiores, que é o que dá à maioria dos protetores sua cor esbranquiçada. Partículas menores são menos visíveis, o que quer dizer que quando você esfregar o produto na sua pele, ele não vai proporcionar este efeito.
Um dos produtos recém-chegados no mercado é o Photoprot, com FPS 100, fruto da parceria público/privada no País. Segundo o fabricante, a Bioolab, trata-se do primeiro fotoprotetor que utiliza um sistema nanométrico biodegradável. Além dos mais modernos filtros, que asseguram a proteção adequada, a fórmula contém vitamina E, com ação antioxidante que auxilia na prevenção do envelhecimento cutâneo.
No protetor, há três agentes nanoencapsulados: filtros solares orgânicos – a avobenzona e o octocrileno, e o buriti, que atua como um importante agente antioxidante e emoliente.O sistema de nanoencapsulação de filtros químicos orgânicos permite a formação de um filtro solar híbrido, que ao mesmo tempo absorve e reflete a luz solar. A possibilidade de refletir a luz solar é dada pela estrutura polimérica que se forma, funcionando como uma trama. Este complexo, denominado Nanophoton complex, é desenvolvido a partir da nanotecnologia.
Segundo Simone Sotto Mayor, médica dermatologista e Diretora da Unidade de Dermocosméticos da Biolab, essa tecnologia permite maior absorção e conseqüente redução da passagem da radiação UV, aumento da reflexão da radiação solar e também o aumento da fotoestabilidade de filtros solares.
– Além disso, o sistema nanoestruturado promove aumento da dispersão da radiação UV – explica.
Uma das vantagens da novidade é que os antioxidantes naturais previnem a formação de radicais livres e protegem a pele do envelhecimento cutâneo, sendo ainda capazes de reduzir a presença da colagenase, enzima responsável pela degradação do colágeno. O resultado clínico é o aumento da hidratação e diminuição da aspereza cutânea.
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