O acidente nuclear ocorrido há duas semanas na Usina de Fukushima, no Japão, voltou a colocar em pauta, em todo o mundo, a segurança das usinas nucleares. E, no Brasil, alguns governadores do Nordeste decidiram reavaliar se região deve receber uma das quatro novas usinas que o governo federal pretende construir no país até 2030.
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), também tem repetido que a população pode ficar tranquila pois qualquer decisão quanto à instalação de novas usinas deve demorar ao menos quatro anos, tempo suficiente para que os aspectos de segurança sejam discutidos. A cidade pernambucana de Itacuruba, a 460 quilômetros da capital, Recife, foi apontada pela Eletronuclear como uma das melhores opções para a instalação de uma usina nuclear no Nordeste.
Nesta terça (22), o ministro da Ciência e Teconologia, Aloizio Mercadante, assegurou que o Brasil não tem pressa para construir novas usinas e, quando isso ocorrer, será muito mais rigoroso na questão da segurança das novas instalações, em conformidade com os novos padrões adotados internacionalmente após a tragédia japonesa.
O Brasil tem duas usinas nucleares em operação, Angra 1 e Angra 2, ambas administradas pela Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras. Angra 3 está em fase de construção. Ontem, quando perguntado se o governo brasileiro pode desistir de construir as quatro novas usinas, o presidente da Eletrobras, João da Costa Carvalho Neto, disse apenas que a decisão cabe ao Conselho Nacional de Política Energética e à Presidência da República.
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