As mudanças climáticas, somadas à pesca insustentável e a poluição, podem acarretar na extinção de 75% dos corais do planeta, segundo alerta o relatório Reefs at Risk Revisited, elaborado por instituições ambientalistas internacionais e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).
Segundo o estudo, também há risco de destruição de mais de 90% dos recifes até 2030 se nada for feito para conservar essas áreas. As regiões mais vulneráveis estão no Sudeste da Ásia, em países como a Indonésia, as Filipinas e a Tanzânia. O Haiti e Granada, no Caribe, também estão entre os dez países com maiores riscos de extinção de corais.
“Com a combinação de ameaças locais, aquecimento e acidificação, os recifes estão cada vez mais suscetíveis a danos causados por tempestades, infestações e doenças. A degradação se reflete na redução de corais vivos e da diversidade de espécies, o aumento de algas e menor abundância de peixes”, expllica o documento.
O Brasil também aparece entre as regiões ameaçadas, principalmente a Costa dos Corais, que abrange o litoral de Alagoas e Pernambuco, e a região de Abrolhos, na Bahia. “Abrolhos tem alguns dos maiores e mais ricos recifes de corais do Atlântico Sul, mas nos últimos 20 anos, o litoral da região tem experimentado aumento do turismo, a urbanização e a agricultura em grande escala, levando a descarga de resíduos sem tratamento e contaminação de recifes da região”.
O diretor do Programa Marinho da ONG Conservação Internacional, Guilherme Dutra, afirmou à Agência Brasil que os recifes nacionais mais suscetíveis são os que ficam próximos da costa ou de grandes centros urbanos. No caso brasileiro, uma das principais ameaças aos ecossistemas marinhos está em terra firme: o desmatamento. “Com a derrubada de árvores nas encostas dos rios, os sedimentos chegam ao mar, escurecem e mudam as condições da água e os corais acabam danificados”, exemplificou.
Um comentário:
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