Todos os homens evitam os famosos exames de próstata e muitos alertas são feitos da importância dos mesmos. Agora uma notícia vem contrariar essa tal falada necessidade de realizar exames periódicos e lança mais incertezas.
Um estudo publicado no British Medical Journal alerta que a adoção de exames de rotina em massa para a detecção de câncer de próstata tem pouco efeito sobre a taxa de mortalidade da doença e representa um risco de excesso de tratamento.
Philipp Dahm, professor da Universidade da Flórida (EUA), acompanhou os resultados de seis experimentos nos quais populações masculinas foram submetidas a exames de toque retal e sanguíneo ou sequer foram avaliadas. Os exames de rotina tiveram um efeito desprezível na taxa de mortalidade da doença e até mesmo na taxa de mortalidade total. “O impacto esperado em termos absolutos seria, no máximo, modesto”, destaca o especialista no artigo.
Muitos países têm programas preventivos para homens de meia-idade, mas essa prática é controversa. Um dos problemas é que o exame de sangue para o antígeno PSA, que está completando 20 anos, não consegue distinguir entre tumores de baixo risco e os agressivos, normalmente fatais. Os níveis do antígeno também podem oscilar segundo fatores individuais e subir por causa de inflamações.
Especialistas que acompanham os exames sistemáticos debatem se o benefício de detectar homens que possam vir a desenvolver a doença compensa o risco potencial de submeter homens saudáveis ao excesso de diagnóstico e tratamento.
Saiba mais sobre o câncer de próstata:
- O câncer de próstata é o segundo tipo mais comum em homens em todo o mundo.
- A maior parte dos casos é detectada na casa dos 60 anos.
- Jovens com histórico familiar ou que tenham apresentado um nível alto de PSA em exames iniciais devem ser monitorados.
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