Nove meses depois de lançar um projétil contra a Lua e descobrir sinais de água no material ejetado pela colisão, cientistas ainda não sabem qual a origem da substância no satélite natural da Terra, informa a Nasa.
Pesquisadores que participam, nesta semana, do Fórum de Ciência promovido pela agência espacial em Mountain View, na Califórnia, sabem que a água lunar se concentra em lagos ou lagoas, mas não em depósitos vastos como um oceano, e acreditam que ela pode ter chegado à Lua em cometas, asteroides ou ter surgido lá mesmo. Mas a explicação exata ainda não foi encontrada.
O assunto foi abordado em Mountain View por vários cientistas, liderados por Anthony Colaprete, chefe da missão LCROOS, que arremessou um foguete Centauro de encontro à cratera Cabeus, perto do polo sul lunar. O impacto permtiu confirmar a presença de água.
"Descobrimos um ambiente totalmente novo, que não sabíamos que existia", disse Colaprete. "É muito mais frio do que o esperado, mas tem energia, e tem água e materiais de todos os tipo que se acumulam lá quando ocorrem processos químicos". Segundo o cientista, "é um laboratório em si".
Os cientistas indicaram ontem no fórum que o LCROSS desceu em um oásis de uma paisagem seca, mas que é provável que a Lua contenha áreas úmidas.
"Há áreas de concentração relativamente alta, úmidas ou mais úmidas que nosso deserto do Saara", indicou Colaprete. "Eu sei que isso não soa muito úmido, mas na Lua equivale a um pântano".
"Partem daí as questões: como a água chegou à Lua? E como se distribuiu desde então? Esta é uma informação realmente importante para a prospecção", disse Colaprete, que destacou que a Nasa quer ir à Lua com "com veículos móveis" e não desejaria "descer em uma área qualquer".
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