O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) publicou em seu site os resultados de uma pesquisa sobre a internet no Brasil. A sondagem do Instituto comprova o que todo usuário brasileiro de internet banda larga já sabe: aqui em Pindorama o serviço é caro, lento e restrito. Um dos grandes problemas apontados pelo Idec é relativo à falta de concorrência na prestação do serviço. Esse é um dos principais fatores que tornam nossa internet “banda larga” excessivamente cara e lenta.
Um estudo da empresa norte-americana Akamai, citado pelo Idec, mostra que a internet brasileira é uma das mais lentas do mundo. No Brasil, a velocidade média de tráfego é de 1.085 Kbps, ou seja, 93% mais lenta do que a conexão na Coreia do Sul, que lidera o ranking. Outro dado interessante é que 20% das conexões aqui no Brasil são de 256 Kbps, enquanto a velocidade mínima de banda larga estabelecida pela União Internacional de Telecomunicações deve oscilar entre 1,5 e 2 Mbps.
Mas não é apenas pouca concorrência que estabelece essa realidade desastrosa nos serviços de internet no País. Há também uma evidente falta de normatização e fiscalização dos serviços prestados pelas operadoras – que muitas vezes parecem zombar da cara do consumidor. Estou pra conhecer algum usuário de internet no Brasil que esteja satisfeito com o preço e o serviço.
Para se ter uma ideia do quão alto é o preço que pagamos, em comparação com outros países, segundo os dados apontados pelo Idec, no Brasil o valor médio do serviço é de U$S 28 (convertido em Real, de acordo com a cotação do Dólar americano hoje, esse valor equivale a R$ 49,84). Esses quase cinquenta Reais representam 4,58% da renda per capita no Brasil. Nos EUA, o percentual do custo desse serviço é de 0,5% da renda per capta dos norte-americanos, e na França é de 1,2% da renda per capta.
Aqui no Brasil, é bom lembrar que esses valores são cobrados para custear um péssimo serviço, com atendimento capaz de matar um do coração, e velocidade capaz de enlouquecer o cidadão.
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