A produção de objetos na escala de átomos e moléculas surgiu há poucas décadas e seu desenvolvimento tem despertado enorme interesse em áreas como a medicina. a participação brasileira nesse segmento ainda é modesta, mas já oferece perspectivas animadoras
Há uma revolução tecnológica à vista. Dois mil e quinhentos anos depois de os gregos terem levantado a hipótese de que todas as coisas são feitas de partículas fundamentais, indivisíveis - os átomos -, o homem começa agora a fazer "coisas" com elas. É a nanotecnologia, que muita gente pensa que se trata de ficção ou de algo para um futuro distante. É engano. A humanidade já desfruta de seus resultados. Vidros e cerâmicas autolimpantes, tecidos que não mancham, remédios que circulam pela corrente sanguínea até chegar ao órgão doente, língua eletrônica mais sensível que a humana na distinção de sabores e embalagens comestíveis para alimentos. Essas são apenas algumas das novidades que já existem ou estão prestes a chegar ao mercado, frutos do desenvolvimento dessa nova área de pesquisa.
É um setor de peso. Apesar de se relacionar a coisas minúsculas, a nanotecnologia já movimenta somas de dinheiro gigantescas. A estimativa da Fundação Norte-Americana de Ciência (NSF, na sigla em inglês) é que até 2015 o mercado global para produtos e processos baseados nela será de US$ 1 trilhão. No total, já são movimentados mundialmente mais de US$ 100 bilhões a cada ano. Há nações que investem mais de US$ 1 bilhão anualmente, como Estados Unidos e Japão, por exemplo. Os países europeus, o Canadá, a Coreia do Sul e a Austrália também aplicam somas consideráveis na área.
Embora de forma mais modesta, o Brasil também está investindo. Os gastos do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) chegaram a R$ 50 milhões em 2006, R$ 60 milhões em 2007 e R$ 70 milhões em 2008. Em 2009, os dados ainda não estão consolidados, mas o valor deve se assemelhar ao do ano anterior. Para estimular o desenvolvimento desse setor, o governo planejava implantar ainda em 2009 o Fórum de Competitividade em Nanotecnologia, com o objetivo de identificar o que as empresas estão desenvolvendo e que impactos estão gerando com produtos criados nessa área no País. O fórum será permanente e terá a participação de órgãos governamentais, das universidades e instituições de pesquisa e da iniciativa privada.
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